Ah! Esse amor,
Essa paixão,
Essa coisa aqui dentro,
Atiçando meu coração.
Ah! Esse amor,
Tão suave,
Como a brisa,
Como a flor.
Ah! Esse amor,
Deixando-me louco,
Deixando-me ébrio,
Deixando-me cego.
Ah! Esse amor,
Tão sublime,
E tão divino,
Amor...
Ricardo Sales.
Vivi, confesso que vivi,
Vivi de uma forma diferente,
Vivi paralela às coisas da vida,
Mais confesso que vivi.
Confesso que nunca sorri,
Que a mão nunca estendi,
Confesso que nunca agradeci,
Mais confesso que mesmo assim vivi.
Confesso que nunca amei,
Confesso que nunca perdoei,
Confesso que só em mim pensei.
Mais também confesso,
Confesso o medo do medo perder,
Confesso que sem ele, viver não sei.
Ricardo Sales.
Do que foi feito do Homem?
De suas ambições,
De seu orgulho,
De suas realizações?
Do que feito do Homem?
De suas palavras,
De suas reivindicações,
De sua força, de suas paixões?
Do que foi feito do Homem?
Juro não encontrar respostas,
...E na garganta brota o grito contido,
Abafado pelo sofisticado sistema,
De tornar o Homem uma espécie rara,
Enjaulado em sua própria consciência.
Do que foi feito do Homem?
Relegado a um canto qualquer,
Onde o isolam e o afastam
Daquilo que por lei da natureza,
Infinitamente lhe pertence.
Do que foi feito do Homem?
Hoje simples marionete, colocado em cabresto,
Levado sem memória para o fundo do poço,
De onde nunca mais há de se ouvir falar,
Daquela espécie que outrora,
Se chamou: O HOMEM.
Em tempo:
A ti Geraldo Vandré, pelos caminhos que cultivaste, hão de florescer lindas mudas de liberdade, pela qual o desejo tanto te consumiu e te mutilou. Que a tua voz seja para sempre um sabre amolado e pontiagudo e que continuem cantando sempre o teu lindo refrão:
“... VEM VAMOS EMBORA,
QUE ESPERAR NÃO É SABER,
QUEM SABE FAZ A HORA,
NÃO ESPERA ACONTECER.”
Ricardo Sales. (07/03/1980).
Amar o solo, o seu trabalho,
Amar a terra, o orvalho,
Amar a vida, a liberdade,
Amar a tudo, sem vaidade.
Amar o velho e o novo,
Amar a vida de todo um povo,
Amar o ancião e o moço,
Amar a moça, com gozo.
Alguns amam de qualquer jeito,
Muitos amam até sem preconceito,
Outros se amam somente,
Outros, juntos de qualquer semente.
Amar a tudo e a todos, sem ironia,
Amar sem hipocrisia,
Pois o que vale é o amor que se sente,
Mesmo que seja um amor ausente.
Ricardo Sales.
Deixe-me apenas uma flor,
E que seu afoito perfume,
Seja sua presença sensual,
Que é a essência,
Desse eterno amor.
Deixe-me apenas um papel sem cor,
Escrito a mão sem pudor,
E tuas letras serão minha senha,
Da minha cruel saudade,
Que retém todo o teu amor.
Deixe-me apenas tuas lembranças,
Para que em alguns momentos,
Lembrem-me desse mágico amor,
Que por mero prazer,
O destino nos separou.
Deixe-me apenas,
Apenas...
O poder de te lembrar.
Ricardo Sales.
Os caminhos de Santiago,
São sagrados caminhos,
Eternos peregrinos de Deus,
Incansáveis são teus passos,
Em busca de seu Santo Graal,
Como um sírio, em silêncio perpétuo,
Em cada um, sua catedral.
Os caminhos são incontáveis provas,
Que aprovam anseios por lúcida comunhão,
E ao teu alcance na curável fé cristã,
Sempre louvando o amor e o irmão,
Que tem sempre sede e fome,
Do teu sábio e cristalino sermão.
Tortuosos são todos teus caminhos,
Que te levam ao teu encontro,
Recanto fraterno, onde teu santo nome,
Ecoa neste mundo, ávido por união,
É a certeza incondicional,
Do teu amado infindável perdão.
Caminhos são todos de Deus,
Não importa o rumo da sua estrada,
Nem que seja escasso sua visão,
Todas te levam a uma só direção,
Pra te louvar com inabalável fé,
Em tua santa pregação.
Ricardo Sales.
Olho o pé de roseira,
A roseira que você plantou,
Logo lembro de você,
Só ela traz tuas lembranças,
Foi tudo o que de você restou,
Faça-me um favor roseira,
Arranque uma rosa de seu pé,
Faça esse sacrifício por este grande amor,
A mais vistosa e cheirosa rosa,
Faça dela minha meiga mensageira,
Diga pra ela que meu amor nunca murchou,
Por causa dela nunca te esqueci,
Porque nasceram com o mesmo perfume embriagador?
Só pra mim deixar assim,
Uma saudade sem fim...
Admirava-te, sempre sorrindo e faceira,
Agora são longas e ansiosas as noites,
Para que o dia logo amanheça,
Só pra sentir o teu perfume na roseira,
E esperar que um dia sinta falta dela,
Só assim voltarei a sorrir e nunca mais a dor,
E o mundo vai saber o que é um grande amor.
Ricardo Sales.
09/04/2017
Quisera ter amado muito mais, mais do que devia,
Quisera ter dado mais utilidade ao dia do que ele merecia,
Quisera ter dado mais importância à noite,
E não somente idolatrar a lua, como se ela nua fosse meu desejo,
Quisera ter me dado mais as pessoas próximas de mim,
Para que elas no ensejo me amassem mais,
Quisera ter feitos mais amigos do que inimigos,
E com eles compartilharem momentos agradáveis sem fim,
Quisera ter aprendido mais, muito mais,
Pra ter transmitido o que aprendi, mais aprendi tão pouco,
Quisera ter dado mais importância às pequenas coisas,
Porque é nelas que às vezes encontramos o significado da vida,
Quisera ter me feito muito mais feliz, mais às vezes fui louco,
E assim me tornado um ser humano mais acessível,
Quisera ter sofrido menos e me dado mais dentro do possível,
Quisera que o amor tivesse feito um jardim de rosas em meu coração,
Para que ele amolecesse e se abrisse mais,
Quisera ter ofertado mais água e mais pão,
Para que o mundo sofresse menos de sede e de fome,
Quisera ter tido o poder divino para ter evitado tantas guerras,
E ter semeado por toda a terra, a paz, o amor e o perdão,
Quisera ter tido a felicidade de fazer a humanidade feliz,
Como me arrependo de não ter me esforçado muito mais,
De ter tido a infalível oportunidade de fazer e não o fiz.
Quisera...
Ricardo Sales
07/04/2017
19:35 hs.
Prefiro a solidão e a tua saudade,
Do que ter a tua presença,
E não poder te tocar, te abraçar e te beijar...
Ricardo Sales.
Eu vi você passar,
Faceira, leve, solta e com moral,
Nem me deu atenção,
Sendo Deusa,
Como vai olhar para um simples mortal,
Lembrei-me da música do Vinicius de Moraes,
“Olha quando ela passa, o mundo inteirinho se enche de graça”,
O meu olhar te seguiu até você sumir do meu olhar,
Fiquei imaginando mil coisas...
Lampejos de desejos vieram aflorar,
Fiquei esperando você retornar,
Enquanto isso em meus devaneios,
Você era o meu doce pecado,
A minha sede e a minha fome,
Só você eu queria ao meu lado,
Imaginava-me andando com você de mãos dadas,
A gente conversando e você me dando toda a atenção,
Você sorria, era o prazer de estar comigo,
Sentia-me o homem mais feliz do mundo,
Pobre do meu coração era só emoção,
Mais você não retornou,
A lua chegou e meu encanto acabou,
Ficou apenas a tua imagem passando sempre em minha mente,
Foi somente tudo que restou,
Eu não sonhei, vi você passar,
Mais queria ter sonhado,
Quem sabe assim eu a teria em meus braços,
Ainda assim fico a te esperar,
Quem sabe um dia, tenho a sorte de te encontrar.
Ricardo Sales.
Hoje me veio à última inspiração,
Para meu último poema,
Parei de ser poeta,
Talvez brincasse de escrever,
Como um jogo de palavras,
O jogo enfim, chegou ao fim...
Não lembrarei mais de você,
Esquecerei seu nome,
Não rimarei mais palavras com teu amor,
Nem sentirei tua saudade,
Serei eu, somente eu sem você,
Solitário andarilho...
Adeus meus versos e minhas trovas,
Não as terei mais em minha companhia,
Nem em livros de minhas memórias,
Apenas terei como religião,
O orgulho e por elas devoção,
Que um dia fizeram-me poeta,
Nem sei se esta é uma delas...
N.A: Antecipei-me em escrever este texto, para caso no futuro não puder fazê-lo.
Ricardo Sales.
Noite estrelada,
Em silêncio embalava,
Teu sono profundo,
Aos cânticos da lua sonhava.
Sonha Fabinho,
Teus sonhos encantados,
De príncipes valentes,
E bruxas malvadas.
Teus sonhos Fabinho,
Um ato sagrado,
De mil umas cores,
E aventuras fantásticas.
Sonha Fabinho,
Teu sonho de pura magia,
Com castelos de torres douradas,
E irados cavalos alados.
N.A: Ao meu neto Fábio Henrique.
Ricardo Sales.
Quem foi esta linda Sereia,
Que te ensinou este mágico canto,
Que tanto me enfeitiçou?
Qual foi a perfumada Rosa,
Que te emprestou este aroma embriagador,
Que tanto me encantou?
Se um dia tudo isto acabar,
Vou derramar em qualquer canto,
A dor infringida ao meu pranto.
E tuas infinitas doces lembranças,
Farão sempre moradas em minha saudade,
E servirá como bálsamo pro meu acalanto.
Ricardo Sales.
Eu tenho um sonho,
Talvez um dia vire realidade,
Onde os tambores da guerra cessariam,
As bombas não mais explodiriam,
Cidades completamente despoluídas,
A ganância do homem se esvairia,
E as maldades jamais existiriam.
A humanidade baniria seus dragões,
Onde afloram seus ódios e seus rancores,
Tornar-se-ia uma única aldeia global,
Sem limites, cercas ou fronteiras do mal,
Onde apenas se cultivaria o amor,
E onde o carrasco jamais imporia a dor,
Temeria a simples visão de uma sublime flor.
Onde Deus seria uma única religião,
Não haveria ricos e nem pobres,
E as mãos seria apenas uma só mão,
Onde todos unidos se ajudariam,
Apenas seres humanos saldáveis de corações,
Em perfeita harmonia com a natureza,
Oravam num só coro, agradecendo estas bênçãos.
Esta terra abençoada por Deus,
Que a divina luz nos deu,
Que jamais seria arrasada,
Por dilúvios, guerras ou terremotos,
Seja sempre Santa em seus infinitos dias remotos,
Seria este um sonho impossível de ser realizado?
Seria este, um dia para sempre ser lembrado.
Ricardo Sales
Somos só nós dois,
Nós somos o nosso mundo,
Sinto tua respiração em minha pele,
E tua pele recebe minha respiração,
Nossos corpos se tocam,
Entrelaçam-se numa só emoção.
Vou te beijar, porque te desejo,
E você diz: Vou aceitar,
Busco-te no infinito do meu ego,
No momento estou cego,
Porque não quero enxergar outro mundo,
Porque só o nosso importa, agora.
As horas param o tempo para,
Torna-se infinito o nosso abraçar,
Torna-se infinito o nosso beijar,
Quem dera jamais sair dos teus braços,
Jamais esquecer o sabor dos teus lábios,
E pra sempre te ter e te amar.
Ricardo Sales.
Gostaria de te dizer: Eu de amo,
Mais são apenas palavras...
Elas às vezes não dizem nada,
Não tem a força da expressão,
Nem o significado que deveria ter,
Os ventos sorrateiros as levam,
E nunca mais elas voltam,
Perdem-se no tempo da razão.
As tuas ações...
Somente elas importam,
Fincam raízes profundas,
Enraízam nas entranhas de tua história,
São elas que produzem tuas emoções,
Denotam teu caráter e teus anseios,
Teus afetos e teus desejos,
E se tornam verdades para sempre.
Ricardo Sales.
Amor,
Estranho amor.
Amor,
Imaculado amor.
Sem limites pra sonhar,
Onde o infinito é a fronteira,
A tênue linha que separa,
A loucura da paixão,
E onde no cume do prazer,
Chega ao auge,
Numa intensa explosão,
Como um vulcão,
Num eterno frenesi,
Louca sensação.
Ricardo Sales.
Saudade minha dolente saudade,
Tão doída e melancólica,
Tão tirana e malvada.
Mais é minha íntima saudade,
Gostosa de te lembrar,
De um modo especial e meigo,
Tão meigo quanto tua fisionomia,
Angelical, matriarcal.
Saudosa saudade que se faz eterna,
E ternas são tuas lembranças,
Como um filme que não tem fim,
Mais enfim,
Tu és minha querida saudade.
Saudade minha sofrida saudade,
Jamais te esquecerei,
Será sempre minha estrela predileta,
Que nunca se apagará,
Neste infinito céu estrelado.
Muitas saudades...
NA: A minha mãe, que foi pro Oriente eterno.
Dezembro/2015.
Ricardo Sales.
Sou um boêmio, um sonhador,
Vivo a noite, ela me fascina, ela me ensina,
Não adormeço sem antes do amanhecer,
Ela alivia minha dor.
Sou seu eterno amante,
No amor, então, nem se fala,
São nas madrugadas que me acho,
A lua me chamou.
Seu chamado enfeitiça-me,
Sou fácil por ti,
Sou levado como isca,
E o teu feitiço me encanta.
Como o canto da sereia,
Ouço teu canto, oh! Lua,
Encanta-me, só você me inspira,
Deixa-me em êxtase, pura alegria.
Lembro-me de você Maria,
Em transe, componho uma linda poesia,
Se não fosse a lua,
Juro que te esqueceria.
Ricardo Sales.
Há sombras, que bom, se há sombras,
Porque há árvores frondosas, tão bondosas,
Então há folhas, se há folhas, há frutos,
Frutos saborosos e com sementes,
Que semeiam e se multiplicam,
Expandindo vidas,
Então, não haveria fome,
Mais a mão do homem,
Corrói, destrói o eco sistema.
Se não há árvores, não há água,
Porque haveria sede?
Porque tem a água pra saciá-la,
Se não houvesse a água,
Nem frutos, nem árvores, nem sombra,
Não haveria o homem.
Há! O homem!
Porque sempre o homem,
O avesso da vida,
É o reverso, a controversa,
Na contra mão da natureza,
Se não o principal, talvez o mal,
Que agride e constrange,
Mais ela bravamente resiste,
Insiste em se manter viva,
É a eterna briga do homem,
Que cego, nunca cede,
Mais cedo ou mais tarde,
O homem vai acatar,
O que vem de Deus é eterno,
E nunca vai acabar.
Ricardo Sales.
