CARA A CARA COM SAM - AMADEU BISPO DE OLIVEIRA
Olá, pessoal!
Com nova roupagem...
Retornando com o quadro de entrevista Cara a Cara com Sam, eu trago para vocês a entrevista com o escritor Amadeu Bispo de Oliveira. Nesta conversa, falamos não apenas de literatura, mas, através de sua autenticidade capturei os conceitos e, aforismos do escritor de como ele vê o mundo sem medo de julgamento.
Gosto de entrevista que desafie a minha inteligência, que me faça sair do meu lugar de conforto, que me transforme.
Quer saber como foi?
Então, confira abaixo!
Obrigado Amadeu Bispo de Oliveira pela oportunidade de nos conceder essa entrevista!
Amadeu: Olá, amigo Sam, poeta da CPP e administrador do Grupo Curiosidades do
Facebook - inclusive, convidamos a todos da CPP para participar desse grupo fantástico. Eu sou quem lhe agradeço pelo convite. Fiquei muito feliz pela convocação – muito obrigado.
S-M: Você concorda que a falta da intimidade sexual interfere diretamente na nossa saúde, não só psicológica como física também.
Amadeu: Concordo. A experiência é válida para todos os seguimentos, não só de trabalho braçal, convivência social, mas também na intimidade sexual – como diziam meus professores de ciências no ensino fundamental e médio: essa é uma forma de conhecermos nosso corpo, e conhecendo-o poderemos cuidar melhor dele. Porém, não podemos deixar que nosso psicológico perca o controle – é o que ocorre com os que assediam. Para isso, existem ajudas por profissionais habilitados no assunto.
S-M: E a relação entre religião e sexualidade? Como essa relação pode impactar na vida do indivíduo?
Amadeu: É relativo. Considerando que uma religião seja um conjunto de doutrinas e costumes voltados ao mundo espiritual – cada religião impõe suas regras. Assim como toda Instituição séria possui normas e regras para o bom andamento dos processos de trabalho, as religiões, da mesma forma possuem suas regras – e o que impactaria no indivíduo seria o seu desejo ardente de quebrar essas regras – com isso, ele lutaria de dia e de noite para obter o domínio próprio e seguir os costumes de sua denominação – mas se ele não tem esse desejo ardente, ou que esteja sob o domínio, não haveria impacto. O impacto é o resultado do querer e do não poder.
S-M: Ser um cidadão consciente vai muito além de separar o lixo ou fechar a torneira do chuveiro enquanto se ensaboa?
Amadeu: Sim, vai além. Em relação a separar o lixo ou fechar a torneira é relativo – isso dependerá do objetivo de quem o fizer.
Se separar o lixo orgânico do não-orgânico facilitar a vida dos coletores e destino final que conduzirá o lixo para reciclagem, será extremamente importante separar, do contrário, se for misturado e o subsequente não os conduzir, é melhor já ir misturado. Sobre fechar a torneira enquanto se ensaboa, também é relativo. Isso dependerá da intenção do banhista – se quiser economizar água, será ótimo – mas se desejar economizar na conta de luz, é necessário o conhecimento de que o maior pico de energia do chuveiro se dá no seu ligamento, e desligá-lo e religa-lo promoverá dois picos, o que poderia aumentar ainda mais o consumo. Por isso, depende muito do que se quer economizar – a não ser que o banho do indivíduo seja o de Cleópatra, rsrsrs. Com isso, creio que minha resposta mostrou que vai muito além, ser um cidadão consciente, ou seja, precisamos pensar em tudo que estará envolvido em nossas atitudes antes de toma-las.
S-M: Amadeu é verdade que às mulheres não querem serem bonitas, elas querem ser é feliz?
Amadeu: Acredito que sim. Não há nada mais bonita que a felicidade. Exemplo: ao sair de casa, vestimos a roupa do ator, expressamos o sorriso do palhaço – viramos o ser artificial – mas quando retornamos a nossa casa, nos despimos do artificial, e voltamos ao original, e ali o que queremos é apenas tirar a roupa, beijar a companhia, os filhos e filhotes, falar como eu, me expressar como eu, e sorrir como eu – essa é a felicidade – a originalidade de quem sempre será aceito quando voltar da rua.
S-M: A tecnológica está comandando e mudando nossas vidas! Como a Robótica, Biotecnologia! Como você costuma responder a estas afirmações?
Amadeu: A tecnologia veio para facilitar e agilizar os procedimentos, porém como tudo que existe, por mais inofensivo e bom que seja ou pareça, se torna muito perigoso se estiver no lugar errado e na hora errada. Um robô trabalha por você, mas se ele fizer tudo pra ti, você educará seu corpo a ser preguiçoso, e com isso, o sedentarismo vira realidade. A biotecnologia dispensa milhares de papéis e comporta um grande armazenamento de dados com o uso apenas da digital, mas se seus dados estiverem em posse de mãos erradas, poderá ser vítima de golpes com mais precisão.
S-M: Deveríamos aceitar que a filosofia não é suficiente no mundo em que vivemos?
Amadeu: A filosofia não é suficiente, mas ela é o ponto de partida. Primeiro, devo questionar tudo, depois perguntar a mim mesmo o que posso fazer para contribuir com a mudança de algo que afeta a saúde física e mental das pessoas. A filosofia é o início porque se eu não questionar, aceitarei o que vier, e colocarei a culpa no carma. Contudo, toda e qualquer atitude deve ser pautada no respeito, amor e justiça para com todos.
S-M: A escola da vida está interessada em adoçar - ou antes, em parecer bem?
Amadeu: A vida não tem misericórdia. Tudo se resume no “quem planta, colhe”. Ela não adoça nem salga, ela traz a conta de tudo aquilo que fazemos, seja bem ou mal. Ela também tem um dicionário, onde estão registrados milhares de exemplos da semeadura e da colheita.
S-M: Para aonde o ser humano se projeta, tudo que há de vir repousa na improbabilidade, ou se vivi de imediato?
Amadeu: “Para todas as coisas tem o seu tempo”. Os resultados dependem muito do que do ser humano faz. Se há 200 anos o Homem tivesse descoberto vida noutros Planetas, provavelmente já teriam um “Fast food, um banco e uma igreja” lá – e aos poucos a Terra iria ficando apenas para os pobres, rsrsrs.
S-M: Ser bom ou mau é escolha?
Amadeu: Se a pessoa tiver ciência do bem e do mal, sim. Se de repente, uma criança é ensinada desde cedo a ser má, e não tiver conhecimento de que aquilo é errado, jamais será uma escolha, porque desse jeito ela teria apenas uma opção – e escolha exige que haja pelo menos duas alternativas.
S-M: Quem é você? Justo, dadivoso ou inflexível?
Amadeu: Sou amante daquilo que é justo.
S-M: Assistindo uma partida de futebol de seu time preferido, ou assistindo aquele filme em algum momento chegou a se corromper pelo oponente?
Amadeu: Não. Embora algumas partidas de futebol sejam tão emocionantes como alguns filmes bem produzidos; o amor, a justiça e o respeito devem prevalecer e serem lembrados sempre antes de qualquer atitude.
S-M: Existem perfis de pessoas mais predispostas a atuar racional ou emocionalmente?
Amadeu: Acredito que há tendência pra racionalidade ou emocional. Considerando o critério dos hemisférios encefálicos – uma pessoa que tem o lado direito mais aguçado, tende a agir mais pela emoção, enquanto que o de lado esquerdo, pela lógica e razão. Contudo, todo cérebro pode ser trabalhado na ciência a fim de manter o equilíbrio.
S-M: Qual é, na sua opinião, a chave para destravar a literatura dentro do seu interior e alcançar a realização?
Amadeu: A liberdade de expressão.
S-M: Sentir mais, pensar menos, ser mais, ou ter menos?
Amadeu: O contrário, rsrs – pensar mais e sentir menos, e ter o necessário para sobrevivência. Pensar mais, porque toda beleza que a Ciência nos proporciona é fruto dos grandes pensadores, que pensaram muito e mais um pouco, e trouxeram à realidade aquilo que parecia mágica, como ver o interior do nosso corpo por meio dos raios-x. Sentir menos, porque infelizmente, “o coração é enganoso”, e por ser assim, nos decepcionamos muito com as pessoas, e levamos muitos golpes, porque o golpista busca a malandragem nos sentimentos para atrair as vítimas, sempre em bom tom com ar de anjo do bem. Mas Amadeu, o Amor não é um sentimento? Não – o Amor é uma atitude – se não fosse assim, todos os “eu te amo” seriam verdadeiros. rsrs.
S-M: Você tem alguma formação literária, ou escreve de maneira intuitiva?
Amadeu: Totalmente intuitiva. Essa intuição me deu a alegria de vencer alguns concursos literários, como o inesquecível primeiro lugar no concurso Nacional com a poesia “Negros Imortais” (Matriz da palavra – o Negro em prosa e verso – pela editora Litteris); terceiro lugar no concurso de microcontos de humor de Piracicaba com o microconto “Reunião Pré-dilúvio”; e outras participações em antologia.
S-M: Como você se precaver dos bloqueios criativos de modo geral?
Amadeu: Eu tento seguir uma sequencia lógica para não me esquecer do que vou escrever – a mensagem que quero transmitir; o tipo de texto que vou usar, a figura de linguagem e principalmente a criatividade. Por exemplo, na obra que me premiou em primeiro lugar no concurso Nacional; eu pensei no tema proposto; escolhi a poesia e não a prosa; optei por rimas ricas; contei as sílabas para não cansar o leitor; e como criatividade, dei vida a martin luther king para citar a poesia pra mim no eu lírico – já que o tema era justiça, e eu quis lhe dar essa honra.
S-M: Quais os conselhos que formaram quem você é hoje?
Amadeu: Respeite os mais velhos e não pegue nada de ninguém.
S-M: Observo um aumento da popularidade do veganismo nos últimos anos, incluindo a adesão de grandes marcas alimentícias no chamado mercado vegano. Como você enxerga esse cenário?
Amadeu: Embora eu não seja vegano, eu dou os parabéns a eles, pela sensibilização e defesa dos animais, que teve uma grande repercussão. Quanto ao mercado, ele é o olheiro do ramo alimentício: viu a oportunidade de ganho, já instalou sua marca. Rs.
S-M: Que lembrança você guarda daquele período de sua infância?
Amadeu: Eu era o campeão em bolinhas de gude – foi inesquecível a vez que “rapelei meus amiguinhos gêmeos”, que tinham acondicionadas em sacos de arroz e galão de desinfetante, milhares de bolinhas – levei a tarde inteira pra ganhar tudo, e no final meu outro amigo teve que me ajudar a carregar as bolinhas porque estavam pesadas pra mim. Rs.
S-M: E indo para um lado mais subjetivo, você consegue perceber a identidade da juventude se traduzindo no cotidiano?
Amadeu: Sim – a juventude segue a tendência – noutras palavras, o exemplo. Essa é a lógica – os pequeninos vão copiando o que tiver de tecnologia. Por exemplo, quando as mercadorias forem enviadas aos lares pelos drones no mundo Inteiro, os jovens farão uso com força da tecnologia. Se fossem lhes apresentado apenas jogos lúdicos, eles se habilitariam em jogos lúdicos.
S-M: Poderia falar sobre os riscos da modernidade?
Amadeu: A modernidade segue tornando tudo como natural e novo – basta abraçarmos aquilo que é saudável e dispensar o tóxico. O risco é quando alguém acha natural e normal desrespeitar, destruir e/ou matar.
S-M: Um cheiro que a maioria das pessoas não gostam mas você adora?
Amadeu: Terra molhada. Rs.
S-M: Não é hora de ficar em cima do muro... Já vez o número 2 no mar?
Amadeu: Não. Minha consciência, relatada na questão 3, não permite. E não tenho vontade nenhuma de praticar uma travessura dessas. Rs.
S-M: Para finalizar, gostaria de saber: o que significa os três poderes em Brasília?
Para você?
Amadeu: No papel, representa “Lei, permissão e execução” para o bem comum de todos; mas na prática, me parece que é para o bem comum apenas dos poderosos e de seus familiares.
Amadeu Bispo de Oliveira
Obrigado novamente pela entrevista
e por toda atenção e tempo dedicado a responder minhas perguntas!
Amadeu: De nada, prezado Sam. Foi uma alegria imensa responder a cada pergunta.
Muito obrigado por me entrevistar. Que dia sairá o gabarito com as respostas? Kkk.
Aqui não tem disse-me-disse, a regra é clara, só aceito entrevistá-los se for Cara a Cara.
Até a próxima!!!
SAM MORENO
https://casadospoetasedapoesia.ning.com/grupos/cara-a-cara-com-sam/entrevistados/cara-a-cara-com-sam-jennifer-melania
CARA A CARA COM SAM – JENNIFER MELÂNIA
Primeiramente, muito obrigado por estar cedendo essa entrevista de forma gentil. Com certeza ficaremos conhecendo sem rodeios o que pensa a escritora Jennifer! É um prazer te receber aqui no CARA A CARA COM SAM.
JENNIFER MELÂNIA: O prazer é meu de estar aqui, muito obrigada pelo convite. Confesso ter ficado sem ar (kkk) quando li sua mensagem. Sou tímida, porém, não submissa a timidez. Então, aceitei o desafio. Espero contribuir na elucidação de minha pessoa... rsrs
S-M: Mito ou verdade? Que vários profissionais da área da saúde não sabem lidar com a morte?
JENNIFER MELÂNIA: Verdade. Ser humano é uma condição de fragilidade.
S-M: Nós chamamos de meio-ambiente porque já destruímos metade?
JENNIFER MELÂNIA: Rsrs. Talvez a metade não, mas caminhamos e rápido para a destruição da natureza. Infelizmente, estamos a anos luz de nos tornarmos conscientes das nossas ações. Coloco-me também como responsável, pois faço parte desta sociedade consumidora e poluidora. Minhas pequenas ações em prol do meio ambiente são microscópicas diante de um problema tão imenso.
S-M: Você acha que o jeitinho brasileiro também tem o lado conciliador, permitindo que se crie uma solução favorável para uma situação a princípio impossível.
JENNIFER MELÂNIA: O jeitinho brasileiro está impregnado na Nação, e sim, infelizmente devo admitir que às vezes se crie uma solução favorável para uma causa impossível. Lamentável!
S-M: Mulher, ser que luta para ser vista além de um rosto bonito e um par de seios! Seria possível você estender mais sobre esse assunto?
JENNIFER MELÂNIA: Amo este tipo de mulher que faz a diferença por ser inteligente e não se deixa abater pela sociedade machista (entenda-se aqui homens e mulheres machistas). Mulher tem que ser independente, trabalhar, estudar, viajar, casar se quiser, ser mãe se desejar. E lutar por seus sonhos e interesses de forma consciente, livre. Valorizando-se dia a dia como ser humano.
S-M: Agora, até o primeiro amor está ao alcance de um clique. Na sua apreciação as redes sociais facilitam os encontros oficiais, e os extraconjugais? Ainda que não haja contato físico, a traição virtual pode ser tão devastadora quanto a real?
JENNIFER MELÂNIA: As redes sociais possuem facilidades para qualquer coisa que se queira. A traição seja de contato físico e ou virtual, tem o mesmo valor. Assim, entendo que a base para acontecer se constitui uma só, falta de amor.
S – M: Você concorda que por meio da cultura o homem pode se expressar e tomar consciência de si mesmo?
JENNIFER MELÂNIA: Sim, pode. Se for isto que ele procura.
S-M: Gosta de reviver coisas que fizeram parte da sua infância, resgatando as lembranças de amiguinhos de escola, brinquedos e docinhos que comia?
JENNIFER MELÂNIA: Sim. Amo minha infância e tenho memórias maravilhosas. Sou filha de um retirante nordestino, homem maravilhoso, um pai-mãe que amo por toda eternidade. Homem firme, bondoso, sincero, trabalhador. Sofreu bastante para criar a mim e meus irmãos. Para mim, exemplo de vida. Devo a ele tudo que sou. As dificuldades nos fortaleceram e juntos papai, eu e meus dois irmãos vencemos. Sou feliz.
S-M: Como você enxerga a literatura e sua importância no mundo de ontem e de hoje?
JENNIFER MELÂNIA: A literatura é um abrir de portas na vida dos leitores. É um entrelaçar de mundos e vozes. É uma mistura do antigo e novo. É a construção dos sentidos de uma sociedade, seja ela em que época for. É um dialogar de vidas e culturas, desta forma, essencial para a humanidade. A vida é feita de histórias.
S-M: Por que a grande maioria das pessoas tem dificuldade em olhar criticamente para as suas próprias características?
JENNIFER MELÂNIA: A maioria das pessoas não desejam enxergar o que elas realmente são. É difícil, para muitos, admitir que possuem lados opostos, sombra e luz. E isto, é embaraçoso. Às vezes, a pessoa nunca se perguntou quem é de verdade. Talvez, tenha medo das respostas rsrs
S-M: Você concorda que a inteligência artificial está cada dia mais presente em nosso dia a dia, nos apoiando e mostrando que homem e máquina não precisam divergir? Concorda também que existem qualidades humanas que um robô não consegue suprir?
JENNIFER MELÂNIA: Concordo que a inteligência artificial está por aí em todos os lugares. Penso que o homem pode e deve divergir da máquina se for necessário. Afinal quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Teremos dúvida para responder se máquina e homem se igualarem.
S-M: Você consumiria o seu tempo pensando sobre seus os defeitos, sobre os seus predicados, ou sobre o seu passado?
JENNIFER MELÂNIA: Não. Tenho muitos afazeres rsrs
S-M: O Brasil chegará algum dia a se tornar uma nação considerada desenvolvida? A luz no final do túnel está acesa? Ou é anêmica ainda?
JENNIFER MELÂNIA: Não sou tão otimista. Sempre haverá uma luz no final do túnel, porém está luz pode ser apenas uma vela se apagando caso não se acendam excelentes ideias com ações e atitudes corretas. E, sem corrupção!
S-M: Se vamos para o Paraíso ou Inferno depende de quanto remorso sentimos?
JENNIFER MELÂNIA: Se tivermos remorso o inferno já está dentro de nós, não precisa ir a lugar nenhum.
S-M: Será verdade que a vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida?
JENNIFER MELÂNIA: Está é uma pergunta “tostines” kkk. A vida é arte, não imita ninguém.
S-M: Qual é o real motivo que faz os homens procurarem uma profissional do sexo?
JENNIFER MELÂNIA: Sexo (rsrs). Penso que quando não se está satisfeito com algo, seja o que for, a tendência é procurar algo melhor. Eu, por exemplo, se arrumo as unhas em casa não fica bom, então, vou a manicure profissional que deixa minhas unhas lindas e eu fico feliz. Tem haver com prazer. Entende?
S-M: Mentalizar o pote de ouro no final do arco-íris é toda a motivação que uma pessoa precisa?
JENNIFER MELÂNIA: Quando se é criança, pensar no pote de ouro no final do arco-íris é motivo de caminhadas e descobertas. Porém, chega um momento que a criança percebe que o final do arco-íris não existe. Sendo assim, considero está metáfora bastante fraca. Ainda mais se a pessoa não gosta de caminhar rsrs.
S-M: O que faz com que crianças e adolescentes sejam levados à prostituição no Brasil?
JENNIFER MELÂNIA: Está é uma pergunta complexa, posso até expor algumas palavras, mas compreendo que não conseguirei ser pontual. Penso na falta de estrutura familiar, a falta de políticas públicas que criem condições a estas crianças e adolescentes para se inserir em esportes, música, arte, dança...falta de projetos sociais para tirar as crianças da rua. Abandono. Excesso de informação. Falta de limites e obrigações. Estamos na era do “tudo traumatiza” e generalizar nunca é bom. Temos também abusos, aliciamento a drogas, violência e tantas coisas...
S-M: Como você vê a utilização do audiovisual como ferramentas pedagógicas nas escolas de Ensino Fundamental e Ensino Médio?
JENNIFER MELÂNIA: Acho maravilhoso, contanto que bem planejado. Não adianta ter uma ferramenta pedagógica excelente se não houver um plano de aula bem definido com as competências e habilidades que se deseja alcançar.
S-M: Vamos imaginar que você é uma chefe e tem um restaurante. Que tipo de comida iria servir para Seleção Brasileira de Futebol Feminino?
JENNIFER MELÂNIA: Feijão tropeiro, mandioca cozida, vinagrete e churrasco.
UM PEDIDO CLÁSSICO DO CARA A CARA...
FAÇA SUA LEITURA NESSA IMAGEM!
A imagem parece inocente, mas não é!
É crime contra a natureza, basta lembrar que vivemos em uma sociedade capitalista, consumista, egocêntrica e outros adjetivos, não vou me estender. O homem em sua ganância por status e por vaidade exacerbada está em busca de “coisas” as quais o diferencie dos demais. O homem deseja o pódio social, a qualquer custo. E esta imagem reflete o desvario humano. A crueldade contra os animais, o desrespeito ao meio ambiente, pelo simples prazer de ter. Digo simples, pois, é típico das pessoas “racionais” está insatisfação, este vazio que muitos pensam ser saciado por compras e aquisições de peças desnecessárias. Eu sou contra estas maldades, os maus tratos, o encarceramento de animais. Podemos viver sem estas atrocidades. São muitas mortes em prol de algo mesquinho e um sorriso de poder instantâneo.
Casaco de Pele
Vestida de Ego
Em seus ombros
Repousa a morte
Um crime!!
Na pele animal
Ser humano
Irracional
Um crime!!
Música de fundo
Chopin Nocturne Op.9 Nº2
DEIXE AS SUAS CONSIDERAÇÕES
JENNIFER MELÂNIA: Obrigada, Sam, por estar experiência. Apesar da taquicardia inicial, sobrevivi - ufa! Brincadeira. Quero deixar minha gratidão aos amigos e amigas da Casa, os quais me receberam com carinho. Agradeço a apreciação de todos às minhas humildes palavras.
Sou alguém que ama ler, escrever, pintar e também amo música clássica. Sou inquieta e faço muitas coisas, por isso às vezes sumo um pouco, rsrs. Mas, sempre escrevo.
É um prazer estar aqui com vocês. Minha admiração ao trabalho da Casa dos Poetas e da Poesia. Nossa Casa!!
Jennifer Melânia, agradecido pela entrevista. Agradecido por esse tempo concedido a nós.
“Sua entrevista só reforçou a grandiosidade
Da sua pessoa como ser humano”.
Abraços hollywoodianos
Até a próxima entrevista!