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Desencontros Poéticos

PUBLICADO no CPP 

 

Desencontros Poéticos

 

A luminosidade do luar

Infiltra-se pela fresta da janela 

Dirige-se aos meus olhos

E uma lágrima de água

Escorre pelo meu rosto

O sol invade o meu quarto

Quer me acordar 

Cansado 

Não consigo me levantar

Na escuridão do meu quarto 

Faço uma fervorosa oração

Uma longa meditação

E daí consigo chegar ao sono

Caminhando pelo passeio

Nas esburacadas calçadas

Tropeço e caio no meio fio

Minha vida segue por um fio

Uma pequena ferida nos dedos dos pés

Ando com meio copo cheio

Sempre com uma esperança

De a um belo lugar chegar

 

A tarde bem de tardinha

O sol se esconde atrás das montanhas

Esperanças se foram 

Por uma noite de cama e caldo quente

Saudades do próximo dia

Bem claro

Cheio de andanças promissoras

Saudades de um vazio

As vezes vou de patinete

Parece que estou louco

Porém estou rouco

De tanto cantar na estação do metrô

Ainda terei uma banda de músicos

 

Caminho com uma canção

De infância que minha mãe cantava 

Vivo em homenagem a minha mãe

 

Saudades de pouco tempo passado

A vida está meio corrida

O tempo está implacável

Com a gente nada amável

Mas, viver é uma dádiva

Está no pergaminho da mente 

Sempre, sempre, sempre 

 

Fim

ADomingos

Junho 23

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Curvas

PUBLICADO no CPP


Curvas

 

A curva vem depois de uma curva

 

E de curva em curva

 

As curvas se seguem

 

Cheias de surpresas

 

A vida mais excitante

 

Os desafios escaldante

 

Desafios curva a curva

 

O tempo se alonga

 

A vida é intensa

 

A reta nã se vê

 

O horizonte está longe

 

Nunca se alcança

 

O tempo imedível

 

Vida fosca 

 

Sem obstáculos

 

Não há vida

 

Para se viver

 

fim

antonio domingos

2022

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Tempos

 

 

PUBLICADO no CPP 

 

Tempos 

 

O Passado tem o seu valor embora já tenha passado para a história, o presente experiencia o passado e somente pode viver o presente, o futuro não se sabe mas depende bastante do que se fizer no presente.

 

Antonio Domingos Ferreira Filho

 

Setembro 2022

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Dia a Dia

PUBLICADO no CPP 

 

Dia a Dia 

 

O dia desponta com a claridade

O sol morno do outono desponta

Bem cedo que é de se admirar

Levanta- se tonto com lentidão 

Quem vê o despertar é quem conta

Hora de arrumar para trabalhar

As roupas já estão separadas

Um uniforme parece um qualquer

Mas não é, é de uma ocupação 

Hora de instigar o ônibus a andar

Fazer um metrô correr voar

Uma rotina desesperada

Uma anunciada sublimação

Hora para chegar ao destino

Uma vida intensa de frustrações

Mas não se pode parar

É preciso comprar subsídios 

Pagar as contas desleais

Tudo é caro minha cara pálida 

Que envelhece muito rápido

Queria a vida raptar

E desenhá-la do nosso jeito

A luta reside firme no peito

Onde o coração bate estranho

Ora devagar ora acelerado

É preciso seguir em frente

Todos os sete dias da semana

É preciso seguir sem sonhos

Somente com a vontade 

Somente com a vaidade 

De se orgulhar 

De viver a gosto para trabalhar 

Nesta tamanha desigualdade 

 

Fim

ADomingos

Junho 23  

 

 

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PUBLICADO no CPP 

Fé 

Perdi o paletó nesta desarrumação

É frio de inverno, muito frio

Terei de viajar até o trabalho

Preciso ir, não se pode faltar

Há pouco ou nenhum emprego

O salário é o mínimo possível

Uma covardia destes tempos

Tempos difíceis de chorar

 

Perdi o paletó único que possuo

Preciso ir trabalhar quase escravo

O trem quase sempre atrasa

Vou me aquecer com um café

Uma mísera xícara meia vazia

Vou de trem superlotado

Quem sabe o ajuntamento

Faça o frio amenizar

 

Vou sair na coragem de sempre

Sem o mísero paletó

Levo comigo um leve sorriso

Desta desgraça sem fim

Mas sigo com Fé que nunca

Falta a gente que é pobre

Vivemos sim de uma grandeza 

Que é a fé inabalável e de força

 

Que faz da vida um sonho 

 

Fim

ADomingos

Junho 23 

 

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Dia dos Namorados

PUBLICADO no CPP 

 

Dia dos Namorados 

 

Trago-te em mãos

E em seus braços

Um buquet de rosas vermelhas e

Uma poesia de Paixão

Que ao nosso Amor se assemelha 

Um louvor a estes anos 

Que voaram em nossas vidas

Mas tempo que nós fez crescer

Cresceu o nosso amor maduro

Mas de fortes emoções e tensões

Foi o que de melhor pude inspirar

Te oferto o primeiro verso do poema

" Simplesmente, Eu te amo "

Trago duas alianças na mente

Onde gravaremos as nossas juras

De Amor eterno 

Nossos nomes viris 

E a primeira frase do poema

" Simplesmente, eu te amo" 

Neste dia dos namorados

Trouxe comigo

Todo o meu intenso Amor

Simplesmente isto

Nosso eterno Amor

 

Fim

A Domingos

Junho 23 

 

 

 

 

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Cartas de Amor

PUBLICADO no CPP 

 

Cartas de Amor

 

Saudades vorazes das Cartas de Amor

Que alguns dizem ser ridículas

Temas ricos e nobres ora feliz, ora de dor

Nossas ansiedades em partículas

Nosso amor mantido na separação

Através de textos amorosos 

Havia sempre a sensação de reencontros

De novos inícios de um novo romance

Cartas que navegavam oceanos 

Cartas demoradas no tempo

Como os nossos primeiros beijos 

 

Guardo lembranças de nosso 

Fecundo amor nas palavras benditas

Que amenizava as distâncias

Que aflorava as lembranças

Que falsamente dizia andanças

Nas palavras apaixonadas 

Nossos rostos ruborizados 

Os beijos eram sonhados 

Os abraços bem apertados 

As esperanças sempre renovadas 

 

 

Saudades audazes das Cartas de Amor

Que alguns dizem ser ridículas

 

 

Fim

ADomingos

Junho 23 

 

 

 

 

 

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Reabrir o Casarão

PUBLICADO no CPP 

 

Reabrir o Casarão 

 

Os móveis coloniais contam um tempo

Mais estão estáticos nos cômodos

O casarão parou no ar e não se mexe

Os chás das tardes sumiram do salão

Os biscoitos e bolos viajaram a cidade

Os tapetes estão sujos de poeira 

As paredes de muitas teias de aranhas

 

O meu amor me chama nos sonhos

Quer a minha viagem depressa 

Ainda posso amar os desejos 

Nas lembranças e saudades 

Ainda não é a hora da partida

Não é uma decisão pessoal

Vivo o que resta que me é cabal

 

Anseio reformar nosso casarão

Retorná-lo ao estilo original

Chamar as orquestras para a canção

Lavar a alma com novas esperanças

Convidar os velhos amigos para o chá

Abrir as janelas e cortinas ao vento

Reabrir os salões ao sabor rebento

 

 

 

Fim

ADomingos 

Maio 23 

 

 

 

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Ódio

 

PUBLICADO no CPP 

 

Ódio 

 

Ódio que te afeiçoa a perversidade 

Que te faz ter crises de intenso grito

Que te faz diferente e tão covarde 

Que te adoece tal feito um rito

 

Ódio que te tira seu eixo

Que somente te traz a doença

Que te tira da vida  um beijo

Que te deixa longe da paz pretensa

 

Ódio um escárnio de covardia

Quando tu acertas a dignidade

De teu pobre semelhante diria 

Te aproximas da criminalidade

 

Ódio a tua sórdida sensibilidade 

Infelicidade e ausência de objetivos

Que te faz agredir ser caridade

Sem amor e sem maiores adjetivos

 

Teu ódio doentio e perverso

Precisa de um total reverso

Teu ódio a tua própria ruptura 

Precisa de uma nova cultura

 

Fim

ADomingos

Junho 23 








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Senilidade

PUBLICADO no CPP 

 

Senilidade 

O ônibus que não passa 

Que não chega

Que não me transporta

Sentimento que transborda

A condução escassa

O semáforo sem cor

Sem iluminação

Os carros confusos

Sem saber qual ação

Parece vazios parafusos

Sem ter o que parafusar 

Não há qualquer canção

O barulho é rascante

Até tanto irritante

Este tremendo engarrafamento

Minhas mãos estão tremendo

Não sei qual caminho seguir

Sei lá para onde ir

Que esburacada calçada

É seguro andar?

Estou senil, uma tristeza

Os pensamentos lentos

As pernas claudicantes

Preciso ir até algum lugar

Não me lembro onde

Esqueci sem querer

Por isso peço perdão

Não tenho muita ansiedade

Perdi somente a vontade 

Vou de pouca velocidade

A rua está muito corrida

Para a minha idade

Não consigo chegar a cidade

E quando lá chego

Não sei como 

Voltar para casa 

Esqueço um pouco 

De muitas referências

Há de se ter paciência

Preciso , não sei bem

De um novo

Proveitoso treinamento

Ou quem sabe

De um bom cuidador

 

Fim

ADomingos

Junho 23 

 

 

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Amo-te

Homenagem Dia dos Namorados 

 

Amo-te

 

Amo-te ao friozinho do frio gelado que entra pela fresta da janela

Amo-te neuroticamente nervoso com minhas dançarinas sinapses

Amo-te no cantinho da escada carinhosamente em total desalinho

Amo-te na tua voz rouca sussurra doces palavras arrepios sem fim 

 

 

Amo-te na doçura do leite materno meiguice teus olhos cor canela

Amo-te no teu hálito de saliva cristalina alcalina pernas em colapso

Amo-te no teu suor quente vibrar fervente a colcha úmida alinho

Amo-te de alma que sobrepõe teu corpo em total eclipse de mim

 

Amo-te em devaneios falsos de minhas fraquezas veste fustanela 

Amo-te de tudo e alma e brotam as fortalezas minha mente ápice

Amo-te na pétala branca e viaja na folha num fio de água barquinho

Amo-te na saída aproprio-me tua metade de minha metade teu cálice

Amo-te de quatro mãos apertadas pleno gozo de prazer e carinho

Amo-te

 

 

Fim

A Domingos

Junho 23

 

 

 

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Encontro do Amigo

 

PUBLICADO no CPP 

 

Encontro do Amigo 

 

Os caminhos são tortuosos

Ora claro ora escuro

Coloridas são as nossas buscas

Os sofrimentos têm lágrimas e sangue

As ruas agitadas choram mazelas

São tristezas que passeiam por passeios

Tudo parece público mas é sofrer privado

Busca -se trilhas amenas nos caminhos perdidos

Nestas cidades cheias e insolentes

Impróprias de neutralidade covarde

Uma vida sem diretrizes que arde 

No corpo que padece de fibromialgia

Que nos pés cansados cabia solene  

 

 

Há de se encontrar um grande Amigo 

Um anjo da guarda que nos ouça 

Que nos sirva um copo com água 

Com algumas palavras de sustentação 

Que mantenha nossos pés fincados no chão 

Que nos oriente nos desvios que tenha luz

Que nos faça sentir os raios do sol

Que com paciência esperemos pela

Luz do luar a esconder a escuridão

No apagar do cotoco das velas velhas 

 

Que nos traga paz as nossas almas

Que o sangue vermelho e vivo

Corra em nossos corações 

Que tenhamos belas visões

Que nossos anseios sejam verdades

Que insistamos em nossos sonhos

Que a namorada nunca nos esqueça

Na sarjeta imunda das distâncias

Que as noites sejam crianças 

Que nunca nos falte

esperanças

 

Fim

ADomingos

Fev 23

 

 

 

 

 

 

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Acordar

PUBLICADO no CPP 

 

Acordar 

 

O sol de manhã cedinho me acorda

Os raios invadem pela janela semi aberta

Ocupa um pedaço do quarto adentro

Justamente junta-se ao meu rosto

Acordo lentamente e minha mente

Lembra-se de parte dos sonhos da noite

O novo dia o que me reserva que não sei

O que sei do dia eu sonhei em devaneio

Uma parte do dia será de sonhos

Outra parte da dura realidade

Temperado o dia vai comigo seguir

Um segundo de cada vez 

Um passo e uma pausa 

Assim faço os passos intermitentes

Buscando sempre um sorriso no rosto

De alguém 

Até de mim mesmo

 

Fim

 

ADomingos

Junho 23

 

 

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Sensações

PUBLICADO no CPP 

 

Sensações

Meu olhar a tudo vê com emoções 

Um infinito de muitas sensações 

Sente no olhar a vida que.passa adiante

Diante de muitas visões 

Visões que orgulham

Visões que decepcionam

Visões que traz lágrimas

Visões que faz alegrias

Que as decepções mergulham

Coisas simples que emocionam

Rezadeiras das simpatias

Que a curiosidade ameniza 

Que a toda doença cura 

 

Meu olhar quanto mais sustenido

Imaginam os versos de um poema 

Que em cântico chega ao luar

Que nos alcança com uma luz de gás

Da modernidade assim fugaz

 

Meu olhar a tudo vê com atenção

Um refresco com sabor de limão

Um possível amor de se amar 

Capaz de se poder entregar

Vê o sol que a natureza ilumina

Aprecia o brilho das estrelas

Vê o luar que o Amor ensina

Vê a vida no verso

Sente a vida no anverso

Ama as fases da vida e alertou 

Do ouvir da sirene que adverte

Que a todo mal reverte 

Que a Poesia consagrou

 

Fim

ADomingos

2023

 

 

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Tempo

  PUBLICADO no CPP 

Tempo 

 

Há que se ter o tempo 

Há de se tomar poder do tempo

Há de se viver no tempo

Com o tempo

Há de se aproveitar todos

Os tipos e formatos do tempo

O tempo há de achar o tempo

Sempre que o tempo exigir

Assim como o tempo exige a todo tempo

 

Há de se ajustar o tempo para amar

Incondicional, eterno e sem limites

Tempo para amar

É todo o tempo disponível

Há de se ter todo o tempo disponível

Todo o tempo crível

Para se viver cada segundo

Um segundo de cada vez

Um abraço de cada vez

Uma palavra de carinho

Um doce beijo de amor 

O tempo da empatia sem reservas

O tempo dos sonhos 

O tempo da vida plena

O tempo da alma se

rena

 

Fim

ADomingos

Maio 23

 

 

Saiba mais…

Viver

PUBLICADO no CPP 

 

Viver 

 

Vivo o dia em velocidade temperada 

Brilha o Sol ameno nesta estação

Ando pelos caminhos determinados 

Sigo no íntimo a minha canção

 

Busco ver a felicidade feliz 

Em cada canto que me deparo

Busco tudo aquilo que quiz 

Se escorreguei trato do reparo

 

Não forço determinar caminhos

Procuro nas pegadas que brilham 

Sigo por intuições e pergaminhos

No brilho das estrelas que trilham

 

Busco do sofrimento uma empatia

Em superação para o próximo passo

Digo que algumas dores eu sentia

Um otimismo moderado que traço

 

Assim ser feliz nunca é tarde 

Nos intervalos que a vida deixa 

Que a felicidade seja uma gueixa

E a vida me sorria de verdade

 

Fim

ADomingos

Junho 23 

 

 

Saiba mais…

Inverno

PUBLICADO no CPP 

Inverno

 

O frio intenso parece congelar 

A alma fria do desejo de amar

Os velhos casacos de lã 

Resgatados são de um elã 

 

Agasalhados vamos devagar

Buscar a flor que restou no jardim

O frio intenso parece congelar

A alma fria do desejo de amar

 

Os quentes chás traz um calor

Chaleiras ferventes esquentam

A sala tem uma lareira com fogo

A quentura do ambiente alimentam

O frio intenso parece congelar

 

Fim

 

ADomingos

Junho 23 

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Surdos da traição

PUBLICADO no CPP 

Surdo da Traição

 

Promessas são espaços

Se não preenchidos

Não foram cumpridas

Carência de lealdade

Antes ensaiada

Com fraternidade

 

Fuga de amizade

Antes engalanada

Com liberdade

 

Na decepção da traição  

Imploro clemência

Ao surdo da Lamentação

Ausente jurisprudência

Esmurra ao meu coração

 

Olhei as janelas, paciência

Vi o clarão do céu, Cipá

Vestido da onisciência

Lavei as canelas

Vesti o varão de Quipá

De eterna condolência

 

Calor no suar de sal

Molhou meu mito coração

Ofurô no luar a cal

Perdoei

, venerei o perdão

 

FIM

Antonio

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Em busca do Amor

 

PUBLICADO no CPP 

 

Em busca de teu Amor

 

Queria poder ter toda ilusão e anseio

Que minha alma estivesse exacerbada 

Como a luz do teu olhar que se faz imã 

Imã do vibrar suave e morno do luar

Queria num foguete içar meu corpo até a lua 

Queria o teu beijo doce ameno e repousado em minha nudez 

Queria um toque de corpos arrolados

Queria os nossos pecados superados



Sem regras e anseios inúteis habituais 

Queria apostar e provar todo este sentido Amor

Que nossos corações acreditam ser fugaz 

Que as nossas súditas almas vinguem a Paz

Buscaria uma aprovação de seus lábios sensuais 

Queria a firmeza de teu olhar no meu olhar apaixonado 

Para sempre o nosso intenso Amor  aprisionado 

 

Fim

Março 23

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CPP