PUBLICADO no CPP
Desencontros Poéticos
A luminosidade do luar
Infiltra-se pela fresta da janela
Dirige-se aos meus olhos
E uma lágrima de água
Escorre pelo meu rosto
O sol invade o meu quarto
Quer me acordar
Cansado
Não consigo me levantar
Na escuridão do meu quarto
Faço uma fervorosa oração
Uma longa meditação
E daí consigo chegar ao sono
Caminhando pelo passeio
Nas esburacadas calçadas
Tropeço e caio no meio fio
Minha vida segue por um fio
Uma pequena ferida nos dedos dos pés
Ando com meio copo cheio
Sempre com uma esperança
De a um belo lugar chegar
A tarde bem de tardinha
O sol se esconde atrás das montanhas
Esperanças se foram
Por uma noite de cama e caldo quente
Saudades do próximo dia
Bem claro
Cheio de andanças promissoras
Saudades de um vazio
As vezes vou de patinete
Parece que estou louco
Porém estou rouco
De tanto cantar na estação do metrô
Ainda terei uma banda de músicos
Caminho com uma canção
De infância que minha mãe cantava
Vivo em homenagem a minha mãe
Saudades de pouco tempo passado
A vida está meio corrida
O tempo está implacável
Com a gente nada amável
Mas, viver é uma dádiva
Está no pergaminho da mente
Sempre, sempre, sempre
Fim
ADomingos
Junho 23