PNAD Contínua 2018
Publicação IBGE
Resumo ampliado por Antonio Domingos
PNAD Contínua 2018
PNAD sigla para:
Pesquiza Nacional por Amostra de Domicílios
“10% da população concentram 43,1% da massa de rendimentos do país
90% da população concentram 56,90 da massa de rendimentos”
“Isto posto: A maioria de 90% da população absorve APENAS 55% da renda produzida , a prova cabal do total desiquilíbrio na distribuição da renda em nosso País varonil, o Brasil.
O exemplo de 2018 :
População estimada em 2018 >>> 208.500.000 milhões de brasileiros
Renda Nacional estimada >>> R$ 277.700.000,00
Renda per capita em 2018
R$277.700.0000/208.500.000 cidadãos= "Renda per capta 2018: R$ 1.331,89 por cidadão”
“Este resultado de R$ 1331,89 é um valor médio e não leva em consideração os que ganham mais e os que ganham menos, aqui inseridos os ricos, de classe média e os pobres”
O Índice de Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que varia de ]zero (igualdade) até uma (desigualdade máxima).
O índice Gini para o Brasil foi estimado em 0,545 em 2018. Significa que há injustiças sociais relevantes.
Se o índice Zero estima uma Sociedade Justa e Desenvolvida;
0,545/1*100 = 54,5%
O fator GINI de 0545 se avaliarmos percentualmente representa que de uma Sociedade/País de poderosa abrangência na distribuição de renda pertíssimo dos 100% ;
Infelizmente; O Brasil tem de resultado 54,5%.
Baixíssimos resultados;
O Brasil ter 54,5% de percentual de Distribuição de Renda- com acesso à Riqueza.
O índice de 0,545 é alto e revela uma sociedade com contradições sociais e injustiças relevantes
Entre 2012 e 2015 houve uma tendência de redução (de 0,540 para 0,524),
que foi revertida a partir de 2016, quando o índice aumentou para 0,537, chegando a 0,545 em 2018.
Quando calculado para o rendimento médio mensal recebido de todos os trabalhos, o Índice de Gini foi de 0,508 em 2012, caindo até 0,494 em 2015 e voltando a subir até 0,509 em 2018.
Em 2018, o rendimento médio mensal real reflete que:
1% da população com os maiores rendimentos era de R$ 27.744 per capta, o que corresponde a 33,8 vezes o rendimento dos 50% da população com os menores rendimentos (R$ 820).
<<< UMA LÁSTIMA>>>
Essas e outras informações fazem parte do módulo Rendimento de Todas as Fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
A pesquisa também mostrou que a massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que era de R$ 264,9 bilhões em 2017, cresceu para R$ 277,7 bilhões em 2018.
Os 10% da população com os menores rendimentos detinham 0,8% da massa, enquanto que os:
“ 10% com os maiores rendimentos concentravam 43,1%”.
O rendimento médio real de todas as fontes teve crescimento de cerca de 5,1% de 2012 (R$ 2.072) a 2014 (R$ 2.177), depois caiu 3,1% em 2015 (R$ 2.110).
Em 2016 e 2017, manteve relativa estabilidade e, em 2018, subiu 2,8%, para R$ 2.166.
O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência), que era de R$ 2.133 em 2012, chegou a R$ 2.279 em 2014 , caindo 4,1% em 2015 e mantendo-se quase estável nos dois anos seguintes, para depois chegar a “R$ 2.234 em 2018”.
Em relação a 2012, o indicador de 2018 representou crescimento real de 4,7%.
A massa de rendimento “mensal real” de todos os trabalhos da população ocupada era em 2018, de aproximadamente R$ 201,3 bilhões, 9,5% acima do valor registrado em 2012.
De 2012 (R$ 1.390) a 2015 (R$ 1.416) o rendimento médio mensal real proveniente de outras fontes (aposentadorias, pensões, alugueis, programas de transferência de renda etc.) acumulou ganho de 1,9%.
Em 2016 (R$ 1.400) registrou perda de 1,1%, que foi revertida nos dois anos seguintes – com expansão de 2,4% e 3,2%, respectivamente – atingindo valor médio de R$ 1.479 em 2018.
Regionalmente, o Nordeste (R$ 971) registrou a menor média, enquanto o Sudeste (R$ 1.839), a maior em 2018.
No Brasil, em 2018, entre as categorias que compõem o rendimento de outras fontes, a aposentadoria ou pensão foi o item de maior valor médio (R$ 1.872), destacando-se o Centro-Oeste com o maior valor (R$ 2.191) e o Nordeste, com o menor (R$ 1.473). O crescimento dessa categoria de rendimento entre 2017 e 2018 foi de 3,3% e, em relação a 2012, de 7,3%.
O percentual de domicílios atendidos pelo Bolsa Família caiu de 15,9% em 2012 para 13,7% em 2018.
Notas explicativas: Termo “Per Capita"
Renda per capita é uma expressão em latim que significa "renda por cabeça".
É o valor da renda média por pessoa no país.
É um conceito usado na área de economia para avaliar o desenvolvimento e o crescimento econômico do país.
“O Índice de Gini,”
“Foi criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os rendimentos
dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns apresentam de zero a cem)”
“Renda Nacional “
“É a soma de todas as rendas recebidas pelos proprietários dos fatores de produção utilizados durante o ano, ou seja, é a remuneração do serviço dos fatores. Inclui salários e ordenados, juros, aluguéis, lucros mais as transferências do Governo para o setor privado (subsídios e pensões).
Rendimento médio mensal real da população residente, com rendimento, a preços médios de 2018,
por Grandes Regiões, segundo o tipo de rendimento – 2012-2018
Abertura Territorial | Categoria | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 |
Brasil | Todas as fontes | 2.072 | 2.117 | 2.177 | 2.110 | 2.104 | 2.107 | 2.166 |
Todos os trabalhos¹ | 2.133 | 2.203 | 2.279 | 2.185 | 2.197 | 2.183 | 2.234 |
Outras fontes | 1.390 | 1.379 | 1.413 | 1.416 | 1.400 | 1.433 | 1.479 |
Aposentadoria e pensão | 1.744 | 1.765 | 1.822 | 1.787 | 1.792 | 1.813 | 1.872 |
Aluguel e arrendamento | 1.705 | 1.596 | 1.661 | 1.766 | 1.632 | 1.650 | 1.629 |
Pensão alimentícia, doação e mesada de não morador | 582 | 623 | 629 | 628 | 618 | 628 | 635 |
Outros rendimentos | 652 | 610 | 564 | 596 | 554 | 578 | 582 |
Norte | Todas as fontes | 1.642 | 1.621 | 1.639 | 1.602 | 1.486 | 1.527 | 1.646 |
Todos os trabalhos¹ | 1.742 | 1.728 | 1.753 | 1.704 | 1.602 | 1.643 | 1.735 |
Outras fontes | 937 | 925 | 956 | 944 | 862 | 902 | 1.046 |
Aposentadoria e pensão | 1.452 | 1.453 | 1.454 | 1.464 | 1.402 | 1.483 | 1.674 |
Aluguel e arrendamento | 1.402 | 1.634 | 1.453 | 1.532 | 1.062 | 1.040 | 1.412 |
Pensão alimentícia, doação e mesada de não morador | 501 | 457 | 552 | 488 | 515 | 469 | 513 |
Outros rendimentos | 459 | 416 | 454 | 453 | 398 | 406 | 442 |
Nordeste | Todas as fontes | 1.356 | 1.395 | 1.448 | 1.430 | 1.401 | 1.422 | 1.412 |
Todos os trabalhos¹ | 1.426 | 1.489 | 1.542 | 1.502 | 1.488 | 1.517 | 1.497 |
Outras fontes | 906 | 908 | 937 | 965 | 953 | 972 | 971 |
Aposentadoria e pensão | 1.402 | 1.417 | 1.427 | 1.469 | 1.465 | 1.483 | 1.473 |
Aluguel e arrendamento | 1.091 | 1.088 | 1.222 | 1.323 | 1.219 | 1.171 | 1.161 |
Pensão alimentícia, doação e mesada de não morador | 407 | 403 | 417 | 398 | 400 | 411 | 396 |
Outros rendimentos | 384 | 381 | 401 | 411 | 371 | 390 | 387 |
Sudeste | Todas as fontes | 2.414 | 2.470 | 2.557 | 2.476 | 2.506 | 2.457 | 2.563 |
Todos os trabalhos¹ | 2.425 | 2.511 | 2.627 | 2.512 | 2.562 | 2.477 | 2.572 |
Outras fontes | 1.744 | 1.720 | 1.764 | 1.763 | 1.746 | 1.768 | 1.839 |
Aposentadoria e pensão | 1.901 | 1.936 | 2.020 | 1.958 | 1.974 | 1.981 | 2.078 |
Aluguel e arrendamento | 1.980 | 1.800 | 1.913 | 2.038 | 1.822 | 1.909 | 1.848 |
Pensão alimentícia, doação e mesada de não morador | 720 | 801 | 821 | 843 | 772 | 793 | 777 |
Outros rendimentos | 1.032 | 911 | 780 | 834 | 844 | 834 | 855 |
Sul | Todas as fontes | 2.330 | 2.390 | 2.436 | 2.339 | 2.320 | 2.376 | 2.401 |
Todos os trabalhos¹ | 2.347 | 2.427 | 2.496 | 2.381 | 2.371 | 2.404 | 2.428 |
Outras fontes | 1.608 | 1.618 | 1.656 | 1.623 | 1.585 | 1.682 | 1.694 |
Aposentadoria e pensão | 1.772 | 1.815 | 1.880 | 1.794 | 1.770 | 1.844 | 1.862 |
Aluguel e arrendamento | 1.783 | 1.621 | 1.621 | 1.688 | 1.731 | 1.699 | 1.622 |
Pensão alimentícia, doação e mesada de não morador | 619 | 682 | 673 | 692 | 668 | 700 | 789 |
Outros rendimentos | 823 | 806 | 727 | 816 | 685 | 789 | 741 |
Centro-Oeste | Todas as fontes | 2.421 | 2.465 | 2.499 | 2.399 | 2.365 | 2.440 | 2.440 |
Todos os trabalhos¹ | 2.491 | 2.528 | 2.584 | 2.475 | 2.416 | 2.478 | 2.480 |
Outras fontes | 1.539 | 1.567 | 1.576 | 1.554 | 1.628 | 1.668 | 1.650 |
Aposentadoria e pensão | 2.168 | 2.078 | 2.151 | 2.100 | 2.197 | 2.166 | 2.191 |
Aluguel e arrendamento | 1.516 | 1.479 | 1.585 | 1.569 | 1.613 | 1.530 | 1.495 |
Pensão alimentícia, doação e mesada de não morador | 623 | 609 | 568 | 634 | 665 | 669 | 637 |
Outros rendimentos | 620 | 779 | 666 | 645 | 612 | 719 | 643 |
1 Rendimento habitualmente recebido pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade |
- Pessoas com ensino superior completo ganham o triplo daquelas com nível médio
- As pessoas que não possuíam instrução apresentaram o menor rendimento médio (R$ 856).
Por outro lado, o rendimento das pessoas com ensino fundamental completo ou equivalente foi 67,8% maior, chegando a R$ 1.436.
Aqueles que tinham ensino superior completo registraram rendimento médio aproximadamente três vezes maior que o daqueles que tinham somente o ensino médio completo e cerca de seis vezes o daqueles sem instrução.
“Vejamos com estes dados acima a importância da Educação”
Massa de rendimento mensal real do trabalho sobe 9,5% entre 2012 e 2018
Este relatório mostra que até houve crescimento real da renda, porém, mal distribuída – Ricos mais ricos. Pobres mais pobres.
-Vivendo abaixo da linha de pobreza base ano de 2017.
“No Nordeste, 44,8% dos 57 milhões de habitantes estão abaixo da linha de pobreza;
São 25,6 milhões de pessoas – a metade do total nacional – vivendo com menos de R$ 406 mensais por pessoa;
Enquanto isso, no Sul, 12,8% da população de 29,6 milhões de habitantes está abaixo dessa linh de pobreza. São 3,8 milhões de pessoas.5 de dez de 2018”
“Crueldade e covardia com a maioria do Povo Brasileiro
A massa de rendimento mensal real de todos os trabalhos da população ocupada era em 2018, de aproximadamente R$ 201,3 bilhões, 9,5% acima do valor registrado em 2012. Esta teve movimento de expansão entre 2012 e 2014, com posterior queda entre 2015 e 2017 e recuperação de 3,9% em 2018.
Proporção de domicílios com Bolsa Família caiu de 15,9% em 2012 para 13,7% em 2018
No Brasil, 13,7% dos domicílios particulares permanentes recebiam, em 2018, dinheiro referente ao Programa Bolsa Família.
Esta proporção foi de 15,9% em 2012. Nas Regiões Norte e Nordeste, 25,4% e 28,2% dos domicílios recebiam este benefício, em 2018.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS) era recebido por 3,6% dos domicílios do país em 2018, 1 ponto percentual acima da proporção observada em 2012. As Regiões Norte e Nordeste novamente apresentaram os maiores percentuais (5,7% e 5,4%, respectivamente).
O rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios que recebiam o Bolsa Família foi de R$ 341 e naqueles que não recebiam foi de R$ 1 565. Para os domicílios que recebiam o BPC o rendimento médio domiciliar per capita foi de R$ 698 e para os que não recebiam, R$ 1.363.
“ Mais uma distorção acintosa conforme dados do último parágrafo acima”
O acesso a serviços básicos nos domicílios que recebiam algum programa também era diferente daqueles que não recebiam. Entre aqueles com o Bolsa família, 71,7% tinham abastecimento de água de rede geral; 37,6% tinham esgotamento sanitário com rede geral ou fossa séptica ligada a rede geral; 75,7% tinham coleta de lixo. Os valores para os domicílios que não recebiam Bolsa Família eram todos maiores, em particular o que se refere ao acesso a esgotamento sanitário (70,9%).
O mesmo comportamento foi verificado em relação à posse de bens. Entre os domicílios que recebiam o programa Bolsa Família, 95,3% possuíam geladeira; 30,2% máquina de lavar; 95,2% televisão e 13,3% microcomputador. Entre os que não recebiam, os percentuais foram, respectivamente: 98,5%; 70,6%; 96,7% e 47,4%.
A proporção de domicílios que recebiam BPC com acesso a abastecimento de água (80,8%), esgotamento sanitário (53,0%) e coleta de lixo (86,3%) foi menor que entre os domicílios não beneficiários em 2018 (86,0%, 66,8% e 91,3%, respectivamente). Quanto à posse de bens, as diferenças ocorreram sobretudo na posse de máquina de lavar roupa (44,0% frente a 65,8%) e microcomputador (18,7% frente a 43,6%).
Não tem Finais, tem Recomeços
Antonio Domingos Ferreira Filho
Fonte de consulta: Internet, Midia especializada, IBGE