A FRESTA NA JANELA

Numa delicadeza tênue é decomposta o reflexo que molda este prisma,
O qual me atormenta com os seus devaneios sitiado na sua crista.
Não conheço a procedência de quando ele eclode e me fenece,
Porém sei que estou contido em grilhões que me afasta de um escape breve.

Envolvo-me neste declive, ao qual despoja o sangue ferroso em minhas mãos.
Abandonando em descrédito,
A repartição contextual deste íntimo genioso;
Para incitar a divagação arbitrária deste momento que me rege.

Mas, cultivo a consciência de que este ímpeto advém das tormentas
Imergindo o estímulo existente a qual atrai a mortalha que feriu-me,
No qual surgiu o rompimento intolerante da perpetuidade.

Tornando-se uma alegoria oscilante da tristeza
Onde debruço no levante desse pélago
— Sendo esta a imensidão de águas que habita a minh'alma rude.

 

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Escrito por M.Dantas

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Comentários

  • Matheus, muito bonito teu texto, e de uma sofisticação maravilhosa, parabéns! 

    Bem vindo à casa.

    Um abraço.

    • Obrigado pela sua receptividade de modo tão cordial. E eu que lhe agradeço pela leitura! 

  • Um poesia pra ler e reler diante

    da sua intencidade poética parabéns Matheus Dantas...

    • Agradeço imensamente pelo seu comentário, sinto-me envaidecido. Obrigado!

  • Fico deveras agradecido com a sua colocação e leitura, meu caro. Vejo que conseguiu decifrar de modo interpretativo diversos aspectos ao qual escrevi, e isso é algo primoroso ao meu ver. As suas observações são sempre contudentes e perceptivas! Uma característica que tem a sua valia. Enfim, mais uma vez agradeço pela sua dedicação em ler-me.

    • Dizem os Poetas que poesia não é para interpretar, a Poesia já é uma interpretação (Palavras de Mario Quintana).... Para você sua poesia já é uma interpretação de parte de você;;;;Mas, creio que falta ao leitor entender um pouco...

      Se a gente lê um Poema escrito em 1930 há de se considerar a época em que foi escrito..

      Poesia é para se gostar ou não, quer dizer não precisa de decifrações.

      Eu concordo em parte. Já que vou ler algo creio de devamos proceder alguma interpretação ainda que rudimentar....Nunca saberemos os motivos que levaram um Poeta a escrever um verso.

      Veja bem. 1- Li com muita atenção. 2-Palavras que tive dúvida fui ao dicionário checar e definição..3- Comentei o que eu achei de mensagem no texto, veja que o comentário tem uma generalidade, mas que conforme você disse em muito se aproximou das mensagens que você passou.

      É muito risco interpretar algo de uma Poesia, mas aqui nesta Casa eu sempre corro o risco de dar um palpite como leitor

      Fiquei contente e bem que você tenha gostado do meu pitaco

      Obrigado amigo Matheus.

    • Vejo que pude instigar o seu instinto para obter conhecimento em meio ao que escrevi. Posso te dizer que a maioria dos meus versos em si são viscerais, intensos e intrínsecos. Fazendo com que os tons enigmáticos estejam presentes. E agradeço mais uma vez pelo seu apoio e leitura assídua. 

  • Em poema sofisticado, vocabulário forte e expressivo,com um leve toque filosófico, o Poeta busca respostas para os seus comportamentos impulvisos e por vezes indesejados por posturas e comportamentos mais equlibrados diante das agruras da vida.

    O Poeta finaliza com tristeza oscilante busca nas profundezas do mar o seu castigo.Há se se ter a redenção, afinal...com o tempo...

    Abraços ao amigo Poeta e devo lembrar que meus pitacos são de um poeta amador e sempre cabe a discordância do Autor

    Parabéns Matheus por bela e sofisticada publicação

    Abraços de Antonio Domingos

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