A mercê do tempo

A mercê do tempo

Sigo neste mundo tão cheio de vãos
procurando atalhos... Preciso seguir
sem medo que a noite trará solidão.
Desejo descanso... Careço dormir!

Não quero ver folhas caídas no chão,
Sequer recordar se um dia chorei
Se a lágrima quente rolou, mas em vão,
Se senti saudade do tempo que herdei.

Tenho que fazer um contrato co' a vida
Manter minha mente com a fantasia
Que toda manhã vai nascer colorida
Que o sol fulgurante fará alquimia,
Que as águas da chuva trarão alegria!

Somente assim poderei saborear,
Perfume das flores que enfeitam os dias,
O arrulho dos pombos ao se aninhar,
Também o motivo ao tecer a poesia.

Eu quero viver embalando meu sonho
Deixar a mercê do tempo meu destino
Encher de verdades os versos que componho.
Pois, nesse universo sou ser
peregrino.

Márcia A Mancebo

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