Acústicos

Um copo gelo whisky e a madrugada
Uma canção um velho violão acústico
Sigo então junto à sua mão pela estrada
Nascem letras borradas em versos rústicos

Vou sem meus velhos medos entorpecidos
Deixados no silêncio de um abrigo distante
Restam sonhos pálidos desabafos bandidos
Algo de coragem no fundo do copo diamante

E eu lembro quando as canções traziam alegrias
Hoje presas em nostalgias que ainda fazem sorrir
Imagens amareladas cansadas em velhas fotografias
Palavras trancadas sem alguma chance de resistir

Mas o sol insiste em se apaixonar teima em cantar
E nasce uma canção afobada repleta de juventude
Ultrapassando os limites fazendo eu e você um velho par
Riscando amiúde versos que eu quero tanto que você escute

Deus abençoe os boêmios
Carlos Correa

https://www.youtube.com/watch?v=an-bwcHlfpA

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Comentários

  • Gestores

    Destaco também. Bela poesia. Doces lembranças.

  • Belo e sensível poema, Carlos Manuel

    Caminhar entre espinhos ou não, nos faz reconhecer do que somos capazes.

    Parabéns

    Abraços

    JC Bridon

  • Belissimo poema!   Parabéns, Carlos.

    Adorei o fechamento do poema com chave de ouro...sensacional

    DESTACADO

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