Eu fechei os olhos simplesmente fechei e esperei
Tinha planos vontades raios eu tinha meus anseios
Eu estava pronto íamos sair de mão dadas eu achei
Então veio a chuva e o que era sonho virou devaneio
Eu odiei cada gota que vinha do céu e já não poderia
Diferenciar quais lágrimas eram minhas das que não
Eu vivia na janela esperando sem saber o que eu faria
Foi ficando tarde na verdade foi a borda da depressão
Eu fechei os olhos simplesmente fechei e aí sim eu aprendi
Consegui ouvir as notas da chuva caindo banhando a relva
Eu corri pela rua busquei na tempestade tudo que eu perdi
E te vi lembrei do que vivemos e hoje a chuva ainda me leva
Me leva de volta aos mesmos lugares onde um dia me perdi
Talvez para me lembrar o quanto ela é essencial em nossa vida
Mas chega o vento e leva as nuvens deixando exposto o que vivi
Nesse momento sabemos se a história continua ou se foi despedida
Então a chuva passou e eu ainda estou aqui ainda estamos aqui
...de mãos dadas...
Deus abençoe tudo que precisamos passar
Carlos Correa
Comentários
Nada como ser insistente. Muitas vezes vale a pena.
Belo texto. A chuva está fazendo bem aos poetas.
"Nada como ser insistente. Muitas vezes vale a pena." assim é o mar...as ondas vão e voltam, insistem em tentar cobrir a praia, mas recuam, elas talvez não sejam insistentes, apenas é assim que elas são, é o papel delas, sua certeza...
Obrigado Margarida. Deus a abençoe, bj grande
Tudo tem sua lógica. Obrigada pela interação.
Um poeta que vai em busca do seu melhor e do que lhe traz satisfação,ainda que,tenha no caminho,erros. Parabéns pela poesia
Obrigado Lilian...obrigado. Deus a abençoe