AINDA NOS AMAMOS

O nosso amor, este lindo amor sempre foi intenso, sempre foi rodeados de um intenso e gostoso jeito de se amar, pois sempre nos amamos com uma força sem igual e isto nos dava o motivo para a gente ser felizes, embora as vezes este teu ciúme, vinha a causar transtornos e desentendimento. Um amor lindo como o nosso quando é muito intenso ele é lindo, mas como tudo na vida tem o teu preço, as vezes encontramos pedras no nosso caminho que tentam nos derrubar, nos atrapalhar e tentam de todo que é jeito acabar com o nosso lindo amor. E com o surgimento destas pedras, surgiu a pior de todas as pedras, a pedra do ciúme!

Nada podemos fazer e a separação logo veio, e mesmo assim com o meu coração sangrando, partido como que rasgado eu vi de longe você partindo, colocando tudo que era seu dentro do carro, e eu ali espremido naquele canto a te observar a partir eu pensava que iria morrer de tédio e de amor, e eu ali por mais que procurasse palavras para lhe dizer e convencer do meu amor que sentia por você, eu como um covarde me calava e ali me vi chorando, pois a dor que eu sentia se confundia com uma paralisação que estava presa em minha entranha.

O tempo foi passando, passando bem lento em minha vida, como que querendo que nunca passasse e eu num belo dia resolvi tirar umas merecidas férias e me peguei viajando para o litoral, aonde chegando por lá fui me hospedar na casa de um amigo meu, uma linda casa, perto da praia, pois de lá eu podia ver o nascer do sol, e as gaivotas a voarem no lindo entardecer. Eu podia sentir o cheiro que vinha do mar, ver o teu azul magnífico, ouvir as ondas que se quebravam nas rochas.

Certo dia ao entardecer observei que tinha uma linda mulher que caminhava sobre a areia do mar, seus passos eram lentos, quase que parando, ela ia pensativa, não sei em que estava pensando, os teus cabelos longos e meio castanho estavam escorridos sobre os teus ombros, segurava em tua mão, com uma delicadeza o teu chinelo, e na outra um envelope, talvez uma carta, e de teus olhos saiam lágrimas, e as vezes ela tentava jogar fora na água o envelope, mas em certos momentos ela pegava o envelope e apertava ele no teu peito.

Fui observando aquela mulher que caminhava triste e solitária na areia da praia, pude observar com mais delicadeza e vi que o destino estava nos unindo novamente, pois de tanto observar eu a reconheci, pois nem mesmo o tempo pode mudar a feição da mulher de minha vida.

Meu coração batia descompassado, minhas mãos estavam frias e suavam muito, fiquei sem palavras, fui correndo em tua direção e naquele momento em que ela me viu, o teu coração também batia freneticamente, e que da mesma forma que eu ela estava paralisada, e que o que ela segurava na mão era uma carta entre tantas cartas que eu havia lhe escrito, pedindo que voltasse para mim, e que você nunca me respondia, fazendo que eu me sentisse que todo o meu pedido fosse negado através das cartas que lhe escrevia.

Como eu queria um dia ter você novamente nos meus braços, pois eu nunca tinha perdido a esperança de novamente este teu amor por mim, pois o que eu sentia de verdade era um amor lindo e maravilhoso por você. Assim como por encanto, tomei para mim a carta que estava em tua mão , joguei-a ao mar, tomei você nos meus braços, e juntos abraçados apreciamos o caiar da noite que aos poucos ia rompendo o crepúsculo, não falamos muitos, ficamos como que calados, teu rosto no meu ombro, pois sentimos naquele momento que a separação havia nos machucado e que o que estava acontecendo neste momento foi um milagre do céu.

Assim de mãos dadas, fomos caminhando e nos deitamos na areia, te beijei bastante e mais tarde tomei o meu amor nos meus braços, nos amamos muitos e tivemos a certeza que o que ali consumamos era a certeza de que um grande amor ainda sentia um pelo outro.

Marcus Rios

Poeta Iunense - Acadêmico -

Membro Efetivo da Academia Iunense de Letras (AIL)

Membro Efetivo da Academia Marataizenses de Letras

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