Alma
Não sei quem sou
Sei que sempre não saberei
Caminho ao relento do destino
Para quê conhecer meu fim
A pressa nunca tem um sinal de um fim
Quais poças irão encharcar minhas botas
Das chuvaradas e ventanias emoções do tempo
Temporais dos ralos raios emocionais
Os pensamentos destilam sutilezas
Andar por pedras pontiagudas asperezas.
Asperezas que a vida surpreende o ego
Sócrates disse um dia de especulações
"Sei que nada sei"
E eu que vos escrevo não sei o que proferir
Caminhemos mais para quem sabe sorrir
Meu coração surta com lentidão ao som
Da Nona Sinfonia de Beethoven
Minha alma não a reconheço
Sabe-se lá neste estágio permaneço
Ensejar o céu fictício ser factível
Nos extremos sabe-se lá ser sensível
Nossa alma retorna ao factível
Ou renasce nova um ser cabível
Fim
ADomingos
Agosto 2022
Comentários
Reflexiva e de grande simbologia. Parabéns, poeta
Sim Estimada amiga. Muito grato pela atenção.
Uma reflexão entre a Criação e Reencarnação.
Abraços de Antonio Domingos
Muito obrigado amiga Márcia pela leitura e atenção
Abraços de Antonio Domingos