Alma

Alma 

 

Não sei quem sou

Sei que  sempre não saberei

Caminho ao relento do destino

Para quê conhecer meu fim

 

A pressa nunca tem um sinal de um fim

 

Quais poças irão encharcar minhas botas

Das chuvaradas e ventanias emoções do tempo

Temporais dos ralos raios emocionais 

Os pensamentos destilam sutilezas

Andar por pedras pontiagudas asperezas.

 

Asperezas que a vida surpreende o ego

Sócrates disse um dia de especulações 

 "Sei que nada sei" 

E eu que vos escrevo não sei o que proferir

Caminhemos mais para quem sabe  sorrir

 

Meu coração surta com lentidão ao som

Da Nona Sinfonia de Beethoven 

 

Minha alma não a reconheço

Sabe-se lá neste estágio permaneço

Ensejar o céu fictício ser factível

Nos extremos sabe-se lá  ser sensível

 

Nossa alma retorna ao factível

Ou renasce nova um ser cabível 

 

Fim

ADomingos

Agosto 2022






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