Vejo você de longe, e reparo, que está com um semblante infeliz,
Por favor entre, e em meio aos meus afagos irá obter carinho
Posso dizer que nunca fui amado de modo íntimo, e estou solitário desde então
E declaro-me sozinho por não saber o que é alguém em meu coração.
A sua presença me renova, e lindamente, estou entregue aos seus braços,
E em seus aposentos posso admirar o alento que tanto busquei,
e aliás, peço que adentre, nestes atos amáveis que pertencem ao nosso caminho
Para que o mundo observe que nós somos somente um.
E pela manhã, quando o sol ressurgir plenamente, assim como você: ser radioso,
Irá fazer este andarilho um trajeto infinito, intenso, delicado e cortês
Mas por favor vá e faça a emancipação deste amor abundante.
Agora compreendo que não serei tão só, pois te tenho comigo em minh'alma.
Contudo, ficará em mim uma saudade da sua face
E levará contigo uma recordação dos nossos dias de ternura.
Comentários
Estimado Matheus.
Muito lindo o seu poema. Deparei-me com uma temporalidade diferente na primeira estrofe das demais 3 estrofes. Não sei se foi sua intenção.
Abraços de Antonio Domingos
Realmente foi a intenção para intensifcar novas constatações imaginativas ao decorrer dos versos. Desde já, agradeço pelo teu comentário!