Arvores desnudas. -Soneto

Arvores desnudas - soneto

As arvores estão desnudas, sem suas vestimentas.
As únicas que restaram diante dos meus olhos
Estão rotas e todas corroídas pelas intempéries
Do tempo que as desgastam, a cada momento.

Como se fossem um formal, vidas e aparelhos.
Transformando-os em arcabouços vulneráveis
Sem a serventia imprescindível a desempenhar
Sua validade consumida pelas estações incertas.

Galhos ressequidos formam caricatos cogentes
A vislumbrar olhares atentos ao quadro presente
Que somente a sabia natureza sabe encaixilhar

A um gráfico virtuoso e embelezado em poesias
Folheadas de inspiração e naturalidade aos renovos
De cada visão de outrem em seu engenho criado.

José Lopes Cabral

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José Lopes Cabral

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