Bolhas de sabão

Caminho em uma estrada marginal
Daqui onde estou posso cuidar estar atento
Nesse mundo de grama verde e arco-íris
Nesse não posso ainda me deitar

Eu irei até você quando chover
Eu irei até você quando adoecer
Estarei ali se sua pétala cair
E ficarei a te ver sempre sorrir
Mas correrei até você se de mim precisar

Daqui deste cantinho ainda escuro
Posso encostar as mãos e focar meu pensamento
Rezar para que cada uma das estrelas ou
Daqueles pequenos grãos de areia
Encontrem seu lugar no infinito firmamento

Talvez não saiba talvez nunca venha a saber
No que se tornarão nossos sonhos
Se surgirão como realidade ao amanhecer
Ou se cairão dentro da profunda noite
Não saberemos quantos deles irão de fato nascer

Eu os tenho sim não sei se ainda vivem
Porque cada sonho não se sustenta
São como bolinhas de sabão
Estouram ao encontrar a realidade rarefeita

Então de meus olhos caem gotas
Vão de encontro as cordas de meu violão
Surgem pequena bolhas e cada uma leva um verso
Cada uma molhará o chão

Será que ao menos uma chegará de encontro às estrelas?
Sei não mas dentro delas de cada simples bolha de sabão
De cada uma que vem de dentro do meu coração
Sei que carrega um pedacinho do que conto e do que canto

Deve ser assim que os grandes
Escrevem suas canções de amor
mas eu não sei fazer isso não
admiro os guerreiros e suas honras

Ah perdoe-me mas sou apenas um menino
Que chora e que sangra que aprendeu a esconder
A poeira que o vento traz por detrás do olhar
Que tem no peito apenas a certeza de amar

Fiquem com Deus
Que as pequenas flores e estrelas
Nos ensinem a nunca deixar de cantar
Fiquem com Deus

Carlos Correa

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