Bruxos do tempo

Moro neste bairro á trinta anos e parece que o tempo não passa, eu e todos nesta rua parecem não envelhecer, ou talvez tenhamos envelhecido sem perceber,

Somos como bruxos do tempo ,

Há um âmbito de postergar coisas, como ter o objetivo de nao simpatizar com ninguém Já não temos diálogo nem bom dias, e como um estado de ánimo permanente de angustia numa situação cíclica, é como se o tempo estivesse apenas pendurado na parede , num estado concreto,

A solidariedade e uma obrigação quasse desagradável e aqui já não atende ninguém,

Moro neste bairro à trina anos , onde as calçadas e as ruas se confundem num mar infinito de desencontros e indiferenças...

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Diego Tomasco

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