Aqui nestas plantações infinitas á mugidos e aramados que desafiam distâncias, a dor não diminui a decepção de saber que esses doces dias já ficaram para trás,
A miséria tropical invade literalmente o rancho destravando memórias que estavam enterradas em noites e dias de solidão sepulcral,
O café sem açúcar me alerta dessa raiva que desvanece em um segundo, sinto o ruído da chaleira que ferve num grito sem ânimo e que lança essa fumaça torrencial e febril tentando me tirar desse êxtase melancólico,
O que estava buscando era essa doce e primitiva fonte de encanto que recorre aos perigos de viver sem era nem beira,
Aqui neste monte silencioso e crepuscular se perdem a estupidez e o espanto dessa angústia que muda de forma , tenho um depois para o dia seguinte, um destino arrastado e virulento, como um infinito esforço que espera essa leviana esperança feita de verdades ácidas e glórias rodeadas de orgulho falido.
Comentários
Encantador texto. Parabéns Diego.
Somos caminhantes errantes que tentam cada vez mais aproximar seus versos do caminho do bem querer.
Belo texto.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Obrigado pelas palavras Júlio
Gostei demais!! Parabéns, Diego!
Continue nos encantando com seus contos.
Feliz semana
Obrigado pelas palavras Márcia