Café sem açúcar

Aqui nestas plantações infinitas á mugidos e aramados que desafiam distâncias, a dor não diminui a decepção de saber que esses doces dias já ficaram para trás,

A miséria tropical invade literalmente o rancho destravando memórias que estavam enterradas em noites e dias de solidão sepulcral, 

O café sem açúcar me alerta dessa raiva que desvanece em um segundo, sinto o ruído da chaleira que ferve num grito sem ânimo e que lança essa fumaça torrencial e febril tentando me tirar desse êxtase melancólico,

O que estava buscando era essa doce e primitiva fonte de encanto que recorre aos perigos de viver sem era nem beira,

Aqui neste monte silencioso e crepuscular se perdem a estupidez e o espanto dessa angústia que muda de forma , tenho um depois para o dia seguinte, um destino arrastado e virulento, como um infinito esforço que espera essa leviana esperança feita de verdades ácidas e glórias rodeadas de orgulho falido.

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Diego Tomasco

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Comentários

  • Gestores

    Encantador texto. Parabéns Diego.

  • Somos caminhantes errantes que tentam cada vez mais aproximar seus versos do caminho do bem querer.

    Belo texto.

    Parabéns

    Abraços

    JC Bridon

    • Obrigado pelas palavras Júlio 

  • Gostei demais!! Parabéns, Diego!

    Continue nos encantando com seus contos.

    Feliz semana

     

    • Obrigado pelas palavras Márcia 

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