Canção estrelada

Havia um homem e ele caminhava sozinho na chuva
Com uma de suas mãos ele apoiava seu saxofone
Com a outra dedilhava suave cada uma de suas chaves
E dali atravessando seu corpo eclodiam singulares estrelas

E as pessoas moviam-se escondidas dentro de suas capas
Entretidas em seus vícios perdidas por dentro de suas preocupações
Haviam trovões e relâmpagos havia uma noite escura corações vazios
Criaturas tristes e desanimadas caricaturas de um tempo que se foi

Ninguém via as estrelas individuo algum ouvia a criação daquele sax
Até que que um menino de cabelos compridos e um tanto desengonçado
Percebeu que aquele homem não estava molhado e sobre ele havia um céu estrelado
Impressionado ele puxou seu braço e virando seu rosto de lado questionou-o em silêncio

A única forma de caminhar por meio da escuridão que nasce das tempestades
É deixar o ódio e se encher de perdão é mostrar ao mundo sua luz sua canção
E ainda que você faça parte deste local insensato cercado de pensamentos sombrios
Deixe que suas estrelas iluminem seus passos e os daqueles que se movem em sua direção

E o menino então jogou algumas sementes no solo daquela canção estrelada
Quem sabe um dia nasceria dali um sorriso moleque um novo refrão

Deus abençoe os que caminham nas sombras
Carlos Correa

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP