As chaves de minha porta
Escondi no cofre
Fechei o cofre
Joguei a chave do cofre
No vaso do banheiro
Dei descarga
Meio arrependido
Aturdido e surrupiado
Corri à janela
As grades de ferro colocadas
Com garras de aço
Para os ladrões
Não me deixou sair
Para fora, sair e fugir
Eu ladrão de mim mesmo
Tranquei-me no quarto
Como todos os cabelos brancos
A pele levemente enrugada
Do rosto e braços
Morri meio morto
Sou um novo parto
Sem pacto
Cantei até ficar rouco
Para não ficar louco
Fiz uma selfie da desgraça
Postei nas redes sociais
Viralizou
O Vírus viralozou
E todo o mundo cantou
fim
Antonio Domingos
21\03\2020
Comentários
Gratíssimo amiga e Poetisa Eudalia.
abraços
Poeta Antonio Domingos aplausos para um lindo
momento de inspiração poética propicia para o momento abraço...