Catástrofe Litoral Norte São Paulo
Falta água nas torneiras
Falta água dos céus
Casas penduradas em barrancos
Áreas de riscos
Cansado de ouvir está ladainha
Tênue segurança
Não há esgoto
Tudo entope atoa
Para quê esgotamento
Seguimos sem eira nem beira
A geladeira está carente
Armazéns fechados
Os pratos vazios
As estradas dilaceradas
Tudo bloqueado
Quase todos os dias
Este sofrimento intenso
A oração é um álibi
Graças a Deus
Está tudo bem
E todos até sorriem
Como entender este mistério
Anda-se pisando no tamanco
Mas agora a chuva
Acumula nas nuvens por dias
E quando cai do mesmo céu
Cai em volume assustador
Arrasta tudo pelo caminho
As ruas viram rios
Os móveis mergulham
Na água lamacenta que cobre
Perde-se tudo em poucos minutos
Ora faz muito calor, ora muito frio
Ora não chove, ora são temporais
Intermináveis
São vidas perdidas sem reza
A queda de barreiras inapeláveis
Estradas e ruas bloqueadas
Novos rios nascem desta calamidade
Barrentos e assassinos
São construções ilegais
Total falta de controle urbano
E vida que segue
Até às próximas chuvas temporais
E próximas vítimas
As mudanças climáticas
Vieram para ficar
Destruímos a natureza
E a natureza se vinga
Sem querer se vingar
Fim
ADomingos
Fev 23
Comentários
Olá amigo Antônio:
Infelizmente e triste esses versos que acabas de nos emocionar.
Mas, são esses mesmos que os humanos-desumanos estão deixando acontecer.
Em busca do que mais desejam está a ganância pelo poder.
Infelizmente falta tudo, só não falta, o desrespeito pelo nosso Planeta.
Belo e triste,amigo, mas verdadeiro.
Parabéns
Abraços
Bridon
Obrigado amigo Bridon pela leitura e comentário
Abraços de Antonio Domingos
Obrigado pela leitura e comentário
Abraços
ADomingos
Obrigado pelo apoio e carinho.
Abraços de Antonio Domingos