COMUNS

 

“COMUNS”   

 

Eras tu que perturbavas minha mente

toldando meus sentidos.

 

Eras tu que partilhavas os anseios

mergulhando-os numa penumbra escura

aprisionando meus sentimentos.

 

Eras tu um poeta

de um poema esquecido no tempo

que tentava acorrentar meus desejos.

 

Eras tu a vida, a morte, o medo

e a tortura.

 

Eras tu os anseios, as virtudes,

as conquistas e as glórias.

 

Eras tu o caminhante errante

o peregrino de momentos

de estradas sem destinos

e rumos incertos.

 

Eras tu, o hipócrita mesquinho,

a avareza escondida

e o poder oculto

das trevas negadas.

 

Eras tu o próprio tu

que sem caminhar caminhavas

e sem seguir seguias

tentando tentar encontrar

teu próprio caminho

perdido no tempo dos homens comuns.

 

JC BRIDON

 

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