Considero-me um ator novato com a carência de palco e platéia,
trazendo a cada ato executado um contexto de recentes ilusões;
e do pouco que sei desta vida apresento leigas lições,
Numa atuação nobre de escárnio de um bufão privado a infelicidade.
E observo daqui, o findar de um dia no ócio de acontecimentos danosos
e no mesmo instante me levanto, a fim de abrir a janela sobre uma ação de repúdio
Apreciando a placidez da lua num reconforto d'alma,
onde a solidão decifra a materialidade em períodos modernos de vida.
Começo a olvidar os prelúdios da dor em meio as cicatrizes que o tempo evidencia,
Somente pago os meus tributos ao mecanismo que controla os meus passos;
apesar disto, ainda ando sendo cobrado pelos sonhos que idealizei sem conclusão alguma.
Sou o andarilho das intempéries que transpõe as incertezas,
Mas deixo ao céu deste momento efêmero a minha declaração final:
o prosseguimento da profissão dos meus dias, como um rito de bravura.
Comentários
Agradeço novamente pelo teu comentário e leitura! E seguirei o teu conselho continuando a escrever oportunamente.
Belo poema com um tom de decepção acerca do momento. Lindos versos. " Começo a olvidar os prelúdios da dor em meio as cicatrizes que o tempo evidencia,"
Parabéns por expressivo poema, continue a escrever sempre.
Abraço de Antonio