Por um instante
vou à deriva:
é o momento mágico
que respiro relaxadamente.
Daí olho com desvelo
o contorno que delimita
a minha expressão de amor,
ou seja, o meu corpo.
Em transe, eu sou todo matéria.
Agradeço ao meu íntimo,
pela interação de seus órgãos unidos,
jungidos e investidos em qualidade.
Encontro-me aqui por alguma razão:
cumplicidade, dividir ou compartilhar.
Não vim por acaso, mas louvo
ao deus das letras pela oportunidade
cedida e energizada que disponho em elaborar
minha arte no meu silêncio interior.
Alimento-me de grãos de felicidade
e do ponto onde me encontro,
contemplo minha alto-estima
enquanto observo sua harmonia.
RUI PAIVA
Comentários
Rui Paiva uma poesia escrita
com muita inspiração interior parabéns...
Grato por sua atenção, Eudalia.