CORREDEIRAS

    “Corredeiras”

 

Passei a vida caminhando

sem nada ver e olhar

sentindo saudades infindas

dos lugares e das belezas

que de lá tentei trazer.

 

Nas corredeiras da vida

senti a fome açoitar

e nos buracos imundos

desejei me aproximar

para tentar sobreviver

numa vida quase inútil

que de pouco nada tinha

e do nada eu vivia.

 

Da luz da esperança

trago o archote

que tento acender

para iluminar meu caminho

tão escuro e obscuro

que meu desejo é inútil

de viver, sentir e amar.

 

Sou peça inacabada

no teatro de vida inútil

mas acalento um sonho

de sonhar com as virtudes.

 

Por isso, vivo vivendo

num trêmulo caminhar

e nos tropeços da vida

alcançar a liberdade

que em tanto e tantos casos

vivo sempre a tentar.   

 

 

JC BRIDON

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