Crisântemos

Eu achei que poderia viver de canção em canção
Acreditei nas palavras dos crisântemos brancos
Tive absoluta certeza que as rosas gozavam de razão
E que meus sonhos não cometeriam um só engano

Não foi bem assim...

Esperei pelas chuvas que elas pudessem renovar o solo infértil
Que elas pudessem me responder onde encontraria algum conforto
Mas a cada manhã quando eu mais precisava de mim era mais infantil
Fazendo de quem sou um velho senil e de meus sonhos um texto morto

Eu não suportaria ficar afastado do que já faz parte de mim
Então não importa que as estrelas se calem que fiquem se escondendo
Mesmo que meus sonhos sem voz ou imagem te contem coisas ruins
Estarei aqui estarei lá ainda assim te amando assim te agradecendo

Por mais que não possa viver de canção em canção
Aprendi que a cor original dos crisântemos vem do ouro
Talvez por isso eu viva entre os planos talvez seja um artesão
Que transforma imagens em palavras criando luz nesse local tão escuro

Deus abençoe os versos da natureza
Carlos Correa

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