De casa ao mercado

Levanto e caminho, vou no mercado levando minha pobre bilheteira tão generosa e tão estéril,

Deslizo suave minha mão entre laranjas e memórias oxidadas, escolho algumas entre carências e alguns pudores inúteis,

Continuo naquele corredor escolhendo alimentos , tentando algo impossível e desafiador, sei que nada justifica essa inoportuna e diária rotina, esses anos com hora marcada, essa impotente vontade de ser algo mais que atira a queima roupa e nao me deixa fazer nada.

Pago e vou embora seguindo meu próprio rastro, ninguém me pergunta coisas que sei, ninguém usa a verdade por vocação,
Entre a abundância e o necessário existe um pouco de utopia e vaidade.

 

 

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Diego Tomasco

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Lilian disse tudo..... Parabéns, Diego!

    Um abraço 

    • Obrigado pelas palavras querida são um incentivo e um bálsamo 

  • Reflexões que expressam coisas que temos em comum, a nossa subjetivade e necessidade de expressão. saudações

This reply was deleted.
CPP