“DESAMPARADOS”
Pés descalços
Cabeça ao vento gelado
Trapos a cobrir-lhes os corpos
Abraçados uns aos outros.
Este era o cenário
Que se desenhava
Quase todas as noites
Embaixo de um viaduto.
Uma panela velha
Com grãos espalhados dentro
Mostrava com clareza
Do que se haviam alimentado.
Lágrimas corriam-lhes nas faces
Endurecidas pelo sofrimento
De quem culpa alguma tiveram
Por este estado calamitoso.
Este era o quadro que se desenhava
Quase todas as noites
Sem que alguma viva alma
Parasse para prestar-lhes socorro.
Este é o lamento
Daqueles que mais necessitam
Para que possam sobreviver
Num mundo de poderosos.
JC BRIDON
Comentários
Linda poesia. Meus parabens por trabalho tão sensivel. Abraços
Olá Lilian:
Agradecido por sua visita e comentário.
Ótimo dia para você.
Abraços
Olá amigo Antônio Domingos:
É de suma importância, para os recantistas, as visitas e comentários à eles deixadas.
Agradeço a vocês que nos mostram caminhos onde devemos ir.
Abraços
JC Bridon
É o retrato das desigualdades no mundo.... Muito cruel esta realidade......O mapa da fome só aumenta
Parabéns amigo Bridon por lindo poema e bela publicação
Abraços de Antonio Domingos