Talvez eu não tenha muita gente para conversar
Aqui onde estou pode ser um lugar meio solitário
Às vezes vem a vontade de bater à sua porta e entrar
Naquelas noites em que o vento se mostra refratário
Sim porque até mesmo ele resiste a querer me ouvir
E me devolve as perguntas com outras indagações
Talvez fosse melhor bater à sua porta mas e se me ferir?
Melhor seria o vento não ser teimoso e me dar exclamações
Aqui neste lugar pode não ter muita gente para conversar
Já faço parte da paisagem como um camaleão num porta-retrato
Mas aqui estou protegido pouco tenho com que me preocupar
Até mesmo o vento tem dificuldade de me achar no meio do mato
O maior problema é que aos poucos o sorriso vai desaparecendo
Até que um dia você olha e não mais se lembra de como era
E já não há mais portas até mesmo o vento vai te esquecendo
No porta-retrato só existem as lindas flores de uma nova Primavera
E ninguém mais te vê...
Mas aquilo de fato não aconteceu com aquele menino
Num fim de tarde quando o sol se punha já cansado
Ele enfim ouviu o vento e decidiu que mudaria seu destino
Guardou seus medos correu até aquela porta disse ao vento obrigado
...toc..toc...e a porta se abriu...
Deus abençoe nossos caminhos
Carlos Correa
Comentários
Lindo trabalho, Carlos.
Obrigado minha querida amiga, fico contente...Deus a abençoe
Belo poema, caro amigo
Parabéns
Abraços
JC Bridon
meu obrigado JC, fica com Deus meu amigo