Eclipse de mim

E se talvez eu fosse outra pessoa?
Invento coisas em meio ao caos
Decerto eu seja enquanto minha mente voa
Sempre que estou sozinho eu e minhas mãos

E elas trazem pensamentos que não são meus
Talvez então eu seja outras pessoas quando me afogo
E tudo que quero é poder vestir um pouco de cada chapéu
Mas sei de cor que esse diálogo é tão solitário quanto um monólogo

Aqui neste lugar desconhecido que chamo de dentro de mim
Onde estou agora sentado sozinho e cercado sou um eclipse
São canções louças se quebrando parece que estou num botequim
Ouço gritos te pressinto como se um fantasma me seguisse

Existem caminhos solitários como o solo de uma guitarra
Mesmo que esteja rodeado de tão importantes instrumentos
Volto cambaleando por um desses caminhos como se viesse da farra
Quando na verdade eram vocês que me traziam por entre seus pensamentos

Talvez nossos...

Deus abençoe esses caminhos tortos
Carlos Correa

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