Eu caminho num curso solitário das noites nas avenidas
Das madrugadas e posso ver outros ímpares sem jamais
Conseguirem formar um par descarnados num fio de vida
Seres esquálidos esbarrando nos que podem parecer iguais
Eu consigo voltar do interior da noite fria e me vestir de carne
Eu consigo retornar ao dia e me afastar da solidão e os que não?
E todos aqueles que ficaram que optam por um galão de querosene?
Quantos decidem por ali ficar por não ter um sonho apenas na mão?
Se ao menos pudessem lidar com os Solstícios...
Se houvesse uma forma das pessoas lidarem com suas dores
E eu suponho que exista um caminho seguro entre noite e dia
Deveríamos cada um lidar com nossos pesares e até opressores
Usando a arte a própria arte que é uma forma de oração sabia?
A arte de cantar de tocar a arte de dançar pintar de interpretar
Até mesmo a perigosa arte de escrever...não importa qual seja
Dela podemos tirar pouco a pouco o que nos aflige até encontrar
Um alicerce a base de nossa Fé a Arte pode ser até a nossa igreja
Não importam nomes ou definições mas a direção do passo...
Por isso eu peço humildemente não desfaçam da arte de quem
Quer que seja pois aquele rabisco borrões desafino ou um verso
Malfeito pode ser a diferença entre o dia ou a noite
Deus nos abençoe
Carlos Correa
Comentários
Show.... Lindo poema reflexivo., Parabéns, Carlos.
DESTACADO
Um abraço
Oh Márcia..obrigado pelo carinho, fica com Deus
Pode ser. Bem coordenado teu poema. DESTACADO!
Talvez o poema..rs...obrigado de coração, fica com Deus
Sublime esse enredo alinhavado a uma reflexão e um desabafo do coração saudoso. Parabéns
Tea agradeço Lilian, beijo grande fica com Deus