Entre Vírgulas e Pontos

A vírgula vicária do amor subentendido
Sempre aparece deposto em minha fala
E o outro amor que se diz tão entendido
Disfarça discretamente no sorriso dela

E perto do ponto, que dizem ser final
Não cabe mais nem uma vírgula
Os gestos apáticos tendem a ser normal
Mesmo que se tenha todas as dúvidas

Havendo contudo verbos irregulares
Ou fala indevida depois do fim
Elas brotam sentimentos pelos ares
E flores murchas nesse jardim.

Esse é um relacionamento arruinado
Esse é um poema tristonho
Esse é um ponto findado
Esse é o final de um sonho.

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Jorge Santoli

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP