Era uma madrugada típica no meu pequeno
E não mais que ordinário mundo de loucura
Quando do outro lado do espelho vi o aceno
Daquele velho homem parecia uma gravura
Por uma razão não tive medo daquele reflexo
Talvez protegido pelo Bourbon em copo de gelo
Ele escrevia em sua caneta tinteiro e eu perplexo
Percebi a semelhança não era sonho nem pesadelo
Vi seus livros seus armários e tantas velhas fotografias
Havia uma xícara de café e um relógio no mesmo horário
Mas foi quando eu pude ler o que ele realmente escrevia
Que eu percebi que não havia necessidade de estar solitário
Eu sei que estou aqui com um trabalho com uma função
Em momento algum acreditei que viessem de mim os versos
Eu caminho por aí perdido na noite e muito mais na escuridão
Da qual faço parte revendo amigos espalhados pelo universo
Deus abençoe as portas que se abrem no mar
Carlos Correa
Comentários
Belo poema, Carlos. Parabéns!
Obrigado Márcia!! beijo enorme, fica com Deus
Obrigado querida amiga, Deus a abençoe