Estátua de Sal

ESTÁTUA DE SAL

Ao compasso das lágrimas a palavra amanhece,
Os versos são escravos de um firme e grande amor,
Um amor bem distante e que sempre floresce
Mesmo estando cortado o caule dessa flor.

Um amor florescido de profunda raiz
Que navega no sonho por um mar misterioso
Tem deixado na alma tamanha cicatriz
E a pegada indelével dum passado ditoso.

Noite e dia caminho pelos mesmos lugares
Onde em tempos remotos o olhar verdecia
Com encantos do Sol, com feitiços lunares,
E o alento do gozo, inconsciente, sentia.

E o destino inefável vai marcando o final,
Ou talvez me eternize numa estátua de sal.

 

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Comentários

    • Muito obrigado pela visita, celebro que gostasses do poema.

      Um abraço.

  • Maravilhoso,mil vezes maravilhoso poema, Juan!

    DESTACADO 

    Um abraço 

    • Márcia, querida amiga, fico muito, muito honrado com as suas palavras.
      Muito obrigado!
      Um grande abraço!

  • Belíssima música... Muito suave a canção Parabéns .

    Um Amor fervoroso toma conta dos versos, A metáfora estátua de sal é uma linda finalização, onde o Poeta mostra toda a decepção com a distância do Amor perdido.

    Muito romantismo a encantar a Poesia, 

    " Noite e dia caminho pelos mesmos lugares 

    Onde em tempos remotos o olhar verdecia "  muito lindo estes versos onde o olhar verdecia...que metáfora, que dá margem a inúmeras belas interpretações..Eu penso em um olhar verde, ainda não maduro para o Amor.

    Sempre uma honra ler-te.

    Parabéns prezado Poeta Juan Martín Ruiz por lindíssima Poesia neste Soneto.

    • Estimado Antônio, mais uma vez muito obrigado por sua visita e suas visitas e seus comentários e aportações.

      Um abraço.

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