FADO
Aqueles traços de vida,
aquela dita perdida,
que a alma toda ensombrece,
são este punhal cravado
neste peito alucinado
desta vida que anoitece.
O espelho bem mostrava
a face bem perfilada
que oferece a juventude:
essa louca primavera
que enaltece e nos altera,
cheia de gozo e virtude.
A barca do meu lamento
é levada pelo vento
por um mar desconhecido;
muitas terras tem tocado
mas nunca o porto sonhado
que sobrevive ao olvido.
Noturno navego e sigo
e alcançar nunca consigo
o cais das minhas lembranças,
mas sonhando vislumbrar
neste tão perdido mar
as perdidas esperanças.
Comentários
Juan
seu versar é genuino e de um porte poético grande
e oi segredo de tudo e sempre ter algo para a gente alcançar
faz parte do passatempo da nossa viagem
um abraço
Muito obrigada pela sua grata visita e pelas suas palavras.
Grande abraço.
"Noturno navego e sigo
e alcançar nunca consigo
o cais das minhas lembranças,
mas sonhando vislumbrar
neste tão perdido mar
as perdidas esperanças."
LINDO! LINDO!
Aplausos e meu abraço
Estimas Ciducha, é para mim um grade prazer saber que a senhora gostou dos meus versos.
Abraços.
Minha reverência...belíssimo. Deus o abençoe
Uma bela postagem de um Poema de excelência... Lindos Versos com a métrica não muito distante de verso a verso , o que trás uma melodia, musicalidade de leitura ,também em função das excelentes rimas.
O Poeta mostra muitas reflexões em que a vida não tem sido de realizações... Parece que infortúnios o vem seguindo como um fado, um destino definido por fatalidades ou por buscas de felicidades ainda não conquistadas .
Parabéns Prezado Poeta Juan Martín Ruiz por belíssima publicação..
Fique a vontade para comentar de volta, com relação ao meu humilde e simplório comentário.... É o meu melhor.
Não sou um jornalista literário, apenas gosto de Poesia, principalmente da leitura.
Abraços fraternos prezado Poeta e
Esteja bem.
Informo ao amigo Poeta que sou descendente de Portugueses da Ilha da Madeira...
" Noturno navego e sigo
E alcançar nunca consigo"