Flor Mulher

 

Flor Mulher 

 

Ainda penso e desejo só a você

Um amor alimentado com languidez

Com suavidade e inveterado carinho

Em nossa casa viva com aninho

 

Sei que tuas caminhadas matinais 

Com nossas lágrimas lacrimais 

Nossa separação insanidade

Salientes distâncias crueldade 

 

Minha paixão por ti me faz sofrer 

Queria o retorno do pleno amor 

 

De nossa labuta indolor 

De nosso intenso calor 

De todo o nosso sabor

De pertinente clamor 

 

Meu coração sacoleja destemperado 

Não mais quer ver o girar do girassol 

Não quer acordar com os raios do sol

Não quer caminhar pelo descampado 

 

Sinto os sofrimentos da separação

Ocorrida sem o estigma de brigas

Sem qualquer compressor do ciúme

Sem nenhuma projeção de queixume

 

Não houve dúvida ou intriga 

Me deixaste de forma automática

Como se tu fosses um robô

Deixaste o nosso amor no ofurô

 

Águas quietas e barulhentas

Agora vejo águas barrentas 

Minha alma de pronto esvazia

Neste jardim que cultivamos

 

Tu és minha amada Rosa flor mulher

Que amo sem erudições 

Em nossas viris condições

Já pronto viaja às nuvens 

 

E beija de perto as estrelas 

Estrelas a estrada da luz 

O candeeiro do brilho 

A metáfora do trilho 

 

Caminhar por pista que nos conduz 

Os nossos corpos cheios 

De assertivas pueris emoções 

A quem de pressa eu chamo 

O nosso amor dizer eu te amo 

 

https://youtu.be/2ZyOf4bHUm0?si=_CyctnYiUFGDvyKw

Fim

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Março 24

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Comentários

  • Bom dia! Como sempre o poeta, com seu estigma único e sua idiossincrasia singular, entrega mais uma pulquérrima tapeçaria de letras, de versos encantadores. É uma honra ler tudo o que as bocas de seus dedos poetizam. Parabéns! #JoaoCarreiraPoeta.

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