O fogo fere o fogo faz do homem monstro
O fogo fere a fuga doutros animais da mata
O seco mato com fagulhas, mata
Sem a selva, salve os animais do mato
O tempo escuro da fumaça escura
Do medo turvo que permeia a vida
De toda vida da terra agora cinza
Da casa o joão não teve despedida
A águia grita em tom de desespero
Sobrevoando o paredão de fogo
Do chão selou a toca do sossego
E o tatu paralisou de medo
O fogo formou-se e tornou-se dores
O fogo em si não é o maior dos males
É fichinha perto dos maus feitores
Desses senhores e notificadores
Que se alimenta fomentando o mal
Que fazem músicas cheias de viés
Mas não se importam de fato com a verdade
Só querem ser fantoches e opositores
E se escondem atras das barbas da vaidade
Atras das leis que lhes trazem poderes
Enquanto a mata queima seu quintal.
Apague o fogo de sua vergonha
Agora é hora de cantar
“Razão de tanta insânia e tanta insônia”
Mas o pior cego é quem não quer enxergar
Comentários
Ignorância não tem cura, Jorge.
Belíssimo poema, mais uma vez.
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