PUBLICADO no CPP
Frio na rua
Faz frio
Intenso e imenso
A neve cai solenemente
Congela a minha mente
Mente que congela
O sentimento não espera
O sofrimento acelera
Mesmo com algum cobertor
A beira de da hipotermia
É hora dos dilemas
O café quente passou
A sopa quente digerida
Há como tanta dor
Não há aquecedor
As crianças resistem
Se encolhem feito caracóis
Não há lençóis
Cobertor fraco doado
Um instrumento zoado
A tenda está rasgada
Que coisa bandida
A grama queimada
Não dá para brincar
Com bolas de neve
Faz frio
A rua sente o vento estranho
A praça está cheia
De sangue na veia
De pele arrepiada
A vida angustiada
Não há renda
Não se tem nada
Cadê a casa
Onde está a moradia
Que um dia eu sonhei
Onde está minha vida
Aqui parada
Que destino cruel
Lutei em vão
Saudades de minha criança
Onde se tinha esperança
Fim
ADomingos
Junho 23
Comentários
Versos sentidos. Saudações poéticas e meu abraço
Obrigado amiga pela leitura e comentário
Abraços de Antonio
Lindo e profundo!! Parabéns, Antônio!
Um abraço
Gratidão amiga Márcia pelo comentário
Abraços fraternos