“FUTURO INCERTO” - Dia da água e do Mar – 16/11
Ouço a voz do vento
Que me questiona a cada instante:
Onde foram parar os bosques
As matas verdejantes
E os animais que nelas habitavam?
Onde se escondem os límpidos rios
Com suas cascatas e suas corredeiras?
Para onde se dirigem suas águas
Se os mares do mundo
Se encontram poluídos
Repletos de tóxicos?
Onde foram parar
Todos aqueles pássaros
Com suas belas plumagens
De mil cores?
Será que alguém se apresenta
Para responder ao vento
Se ele próprio já sopra
Ares poluídos
Repletos de impurezas?
Será que ninguém se apercebe
Do que está acontecendo
Com este mundo
Criado com tantas maravilhas
E dizimado por mentes
Ávidas e famintas de poder?
Será que não pensam
Em seus filhos, em seus netos
Em toda a geração
Que virá com toda a certeza
Para também usufruir
De tantas belezas?
Será que não percebem
O triste fim
De tudo aquilo
Que receberam de graça?
Que tristeza olhar os mares
Outrora de águas esverdeadas
E azuladas
Onde habitavam milhares
De espécies de peixes.
Que triste o fim de nossas baleias
Nossos golfinhos
E uma infinidade de outros seres
Que neles habitavam.
Se compreendessem o “canto das baleias”
Se compreendessem o seu significado
Se escutassem com o coração
O rugir do leão, do leopardo
E de todas as feras
Que ainda habitam nossas matas,
Se “entendessem” o que significam
Os olhares profundos e meigos
De todos os animais
Compreenderiam que o que desejam
É apenas sobreviver
Pois, num universo tão grande,
O que menos falta
É lugar para todos.
JC BRIDON
Comentários
Ninguém pensa. Estão todos anestesiados e atrofiados mentalmente.
Todos dizem: "Vou aproveitar ao máximo, pois morreu, acabou."
Judiação do nosso lindo planeta.
DESTACADO.
Uma poesia para refletir e deixar exposto nossa falta de conscientização tira a vida do planeta e nos leva a destruição. Parabéns, Poeta