Gaivotas

Eu queria soprar cada uma das palavras que escrevo
Ver as letras escapando da tela e poder ouvir suas vozes
Eu queria recolher cada uma delas em minhas mãos
Vê-las se reagrupando em versos doces fazendo-me graça

Eu não entendo bem esse fogo que sinto e que vejo
Ele chora amargas labaredas que escapam velozes
Em uma das mãos a chama na outra letras caindo ao chão
E no medo de queimá-las deixo que caiam e voem como fumaça

Livres elas brincam felizes com as labaredas dançam com gracejo
Ouço suas canções fervorosas seus violinos e até o quebra nozes
Qual minha surpresa quando retornam a mim em linhas de inspiração
Levo-as de volta à tela com a flama de meus dedos e antes que a magia se desfaça

Eu guardo essa lembrança nas asas de uma gaivota de papel
Que ela encontre seu destino

Deus abençoe a insanidade
Carlos Correa

 

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • This reply was deleted.
  • Essa insanidade boa... Feita de versos e poesia...Adorei! Aplausos mil!

  • 10475617689?profile=RESIZE_400x

  • Gaivota, talvez seja uma ave solitária, por isso, me identifico com ela, sei la´,mas a poesia traz muito do que vivemos no querer e no sonhar com o amor. Felicitações

    • E não seriam as poesias gaivotas a voar solitárias aos corações dos leitores?

      Obrigado minha amiga, Deus a abençoe

This reply was deleted.
CPP