Garrafa ao mar

Trinta anos atrás quando tive que ir embora tinha punhos raivosos, lágrimas e bandeiras clandestinas 

 

Não sabia de misérias e miseráveis, nem da quietude do silêncio daqueles que ferem com palavras de sangue 

 

Quando tive que ir embora, a noite era côncava e o otimismo ainda não era uma falência nem uma falácia, e agora que estou exumando memorias, vejo como e aterradora essa imagem no espelho 

 

Trinta anos atrás eu não era meu verdugo, e não hibernava em meus pesadelos, o amor e o ódio seguem vivendo intransigentes, desnudando meus fantasmas 

 

Agora o assombro e inútil, e a tentação da desordem e dos versos e um refúgio, como uma garrafa ao mar tirando o banal do meu horizonte...

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Diego Tomasco

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Comentários

  • Meus aplausos à sua maestria!

    Parabéns Diego! 

    DESTACADO!!

    • Obrigado pelas palavras querida 

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