Janela
Acabei de mim, fechei a porta estreita
Enojei de mim, lacrei a janela larga
Refugio-me no quarto negro à espreita
De seu sumiço para sempre que praga
Regozijo-me no parto louco a carga
Judiei de mim, flertei com a ilusão
Nuvem de mosquito me picou na alergia
Nem sabia o que você sentia, eu nem percebia
Engoli as bolas cheias de gosto de sabão
Larguei minha doce infância de algodão
Lembrei-me de teu beijo
Gosto de teus lábios virgens
Onde está o pedaço de queijo
Desabo os dias em tuas vertigens
Alzheimer de nossas enfáticas origens.
FIM
Antonio Domingos
22 Janeiro 2021
Comentários
Parabéns pela bela poesia!
Obrigado prezada Editt. Uma honra seu comentário
Antonio Domingos
Parabéns!!!!
Lindo poema.
Um abraço
Obrigado de coração amiga Poetisa Márcia
Abraços de Antonio Domingos
Belíssima poesia
Uma honra ter a sua leitura e comentário. Muito obrigado estimada Norma
Antonio Domingos