Confesso me passa pela cabeça
Ficar um tempo longe dos versos
Deixar que a fumaça se esvaneça
Sentir frio as vezes é tudo que peço
Aí eu escuto sua voz me arrastando
Queimando cada chance de esquecer
Seu decote e lembro de seu comando
O domínio que me obriga a escrever
Meu silêncio é erguido por mil canções
Minhas paredes ardem ao seu vestígio
Fazendo o Bourbon evaporar sem sanções
Livre eu viajo sem glória e sem prestígio
Então fico prisioneiro do brilho de seu olhar
A noite chega abrem se as portas de meu bar
A fumaça se espalha a única saída são as linhas
E escrevo como se suas carícias fossem minhas
Faço delas meus versos o que nunca aprendi sobre amar
Deus abençoe o silêncio
Carlos Correa
Comentários
Que maravilhoso blues,( sou fã de Jazz e Blues)
Lost in the smoke with Etta Mae HartWell ( que voz)
Muito expressivo e lindos seus versos em belíssima Poesia .
Escrevo como se suas carícias fossem Minhas.
Faço delas meus versos o que nunca aprendi a amar.
O Poeta se põe no lugar da amada como tivesse algum tipo de culpa por estranhezas na relação.
Então os versos aparecem como o álibi para tal distanciamento..
Não creio, creio que o Poera escreve para desabafar sentimentos,, assim faz o poeta.
Em toda a poesia parece ( em lindas metáforas) haver um sentimento estranho de não pertencimento ao todo ambiente do espaço descrito em palavras que falam alto em versos.
Maravilhosa poesia Prezado Poeta Carlos Correa.
Uma poesia que eu gostaria de ter escrito.
Muito especial suas poesias e está tem as suas digitais poéticas.
Abraços fraternos prezado Poeta
ADomingos
Carlos
o amor não tem como esquecer
fingimos as vezes mas fica impossivel de não falar daa pessoa amada
parabéns
um abraço