Por instantes imaginei que a noite cantava
Por momentos pressupus que era pra mim
Você então ri sem graça claro ela não estava
Disfarça e volta a ser apenas aquele manequim
Na madrugada você distingue os vultos sombrios
Esses sim te olham te fitam te observam devagar
Preferível ser um boneco ocultando cada arrepio
A tentar trazer imagens sonhos que não vai alcançar
Aqui quase estático eu consigo sentir a alma da canção
De olhos fechados extraindo todo carvão desta mina
Me misturando a noite me tornando parte da escuridão
Mal sabem os vultos que se esconde vida sob as ruínas
Existem algumas imagens que jamais poderiam vir ao exterior
Talvez seja a única fórmula para mantê-las assim invioladas
As escondo então em versos para que possam sentir o sabor
Suave do dia ao menos uma vez libertas das grades da madrugada
Deus abençoe os que não viram a luz
Carlos Correa
Comentários
Quem ainda não viu a luz, pode ainda ver.
Por isso, Carlos, eu ainda tenho esperança.
Luz e bênçãos para todos nós.
Que assim seja...Deus a abençoe
Olá Carlos Manuel:
Agradecido pela visita e comentário.
Abraços
JC Bridon
Obrigado querida amiga, Deus a abençoe