MAPA SEM MARGEM
Caminhava em mares que não eram meus,
era bússola em rota que não tracei.
Sorriso posto sob os olhos seus,
mas dentro, havia o grito que calei.
Fui casa erguida em terra alheia,
com janelas viradas pro avesso.
Alimentei raízes de areia,
na ilusão de firmar algum começo.
Espelho em névoa, rosto em fuga,
aprendi a ser o que esperavam.
Mas toda máscara que se enxuga,
revela as partes que negavam.
Descubro em mim um céu sem dono,
constelações que ninguém nomeou.
Desfaço o peso de um abandono,
que era só a falta de quem sou.
Agora sou rio fora do leito,
sem medo de margem, pedra ou dor.
Em cada passo, ganho o direito
de ser meu porto, meu prórpio amor.
Marta Biscoli
Comentários
Belíssima Poesia de muita inspiração e sabedoria poética.
Uma Excelência em seus versos.
" De ser meu porto, meu próprio Amor" lindo amiga Poetisa
Abraços fraternos Marta Biscoli
Que beleza do seu versar, que me toca. Parabéns!
Destaco também, Marta. Um feito de versos deslumbrantes.
Nossa! Deslumbrante poema, Marta! Parabéns amiga querida.
DESTACADO
Bjs
Obrigada
Marta
li e reli seu versar
amei sua linha poética
um abraço
Obrigada
Parabéns pelo belo poema! Adorei!
Obrigada
A expressão do amor é algo aonde se vai mui longe, e o caso de amor platônico no qual me identifico é duro, tenho as minhas distrações num mundo torto, e dou me diferencial nos versos que são únicos. Bom vamos continuar porque a vida pelo céu trás surpresas, fé, paciência e fazemos o que podemos.