Fecho os olhos resisto em permitir
Que um sorriso saudoso tente escapar
Mas vejo a fumaça ouço ao longe o apito a rugir
E meus lábios ganham força vendo o trem chegar
São vagões repletos de canções de tudo que passei
Medos alguns caprichos rabugices e até algumas utopias
Trazem fotografias sonhos que hoje são tolices tudo que errei
Imagens que insistem em me lembrar das serestas e cantorias
Depois de tantos vagões percebo que meu rosto envelheceu
Ainda que negue o cansaço vejo as marcas das facas do tempo
Talvez meu sorriso fosse mais sincero mas algo ele não perdeu
Quando me olho no espelho vejo esperança em todos os momentos
Fecho os olhos e deixo que o sorriso se despeça
O apito segue agora mais fraco indo longe a soar
Fico na estação até que não possa ver mais a fumaça
E com todo cuidado dou asas a um poema e o deixo voar
Que o poema siga os trilhos...
Deus abençoe os vagões de nossas vidas
Carlos Correa
Comentários
Parabéns Carlos Manuel, pelo excelente poema harmônico!
Olá!!!! Obrigado!!! beijo grande, fica com Deus
DESTACADO
Maravilhoso poema, Carlos! Versos saídos do fundo do coração. Uma injeção de lembranças dos anos vividos.
Parabéns amigo.
Feliz dia dos Pais!
Um abraço
Minha querida vó Márcia...agradeço por tanto carinho. Deus a abençoe
Que bela metáfora é a Maria Fumaça em teu belíssimo Poema.
Um descrever inspirado amparado em mais de uma temática Poética.
É Amor, saudade, desejos e por aí caminham os versos.O Tempo que envelhece.
Uma Poesia de Excelência.
Abraços de Antonio Domingos
Muito me honra sua presença e suas palavras, obrigado meu amigo. Deus o abençoe