Um sax uma mesa a meia luz de um canto
Alguns tolos poderiam chamar de tristeza
O som do gelo o burburinho macio encanto
De um boêmio solitário longe de sua realeza
Seus olhos refletem o movimento da chama
Observam cada detalhe que vive ao seu redor
O casal que briga buscando um minuto de fama
O bobo do grupo tentando ser um conquistador
A noite revela crueldades como a mulher fatal
Pela manhã era uma menina brincando de boneca
Meninos e meninas crianças de aparência espectral
Os da polícia os fajutos os vencidos por uma soneca
O pianista pensa em retornar rápido para sua esposa
O saxofonista preocupado com as dívidas de um jogo
E o solitário segurando o copo como se fosse uma rosa
No fundo a cada dose a cada cena ele julga ser o epílogo
Mas fica mais um pouco...
E ele acaba enfrentando a pergunta da qual fugia
O que ainda faz ali seguindo os detalhes ao redor
Talvez os tolos estivessem certos afinal eu diria
Ele queria apenas alguém chegando pelo corredor
Que puxasse uma cadeira se sentasse à sua frente
Olhasse em seus olhos e dissesse o que ele sonhava
Finalmente...
Deus abençoe os que ainda acreditam estar sozinhos
Carlos Correa
Comentários
Oh meu amigo que gentil comentário que me trouxe um sorriso. Deus o abençoe sua generosidade
Essa é uma farsa gostosa de viver até o dia amanhecer.
Bonita poesia.
Obrigado minha amiga, obrigado...fica com Deus
Caro amigo:
Uma presença bem presente compondo versos verdadeiros e sensíveis.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
meu agradecimento JC, Deus o abençoe
Belissima composição. Parabens, caro poeta
obrigado menina Lilian...Deus a abençoe