Metamorfose

Sutilmente abrem-se as asas azuis da borboleta
Seus movimentos vão ganhando arbítrio brilho
Lentamente metamorfoseando um vestido de cetim
E mirando bem dentro mim vejo seus olhos de mulher

Sem força para manter os meus abertos sou levado a outro lugar
E são tantas as imagens e odores que me perco do que é realidade
Mas seus olhos firmes e doces me acompanham e me mostram o etéreo
Sinto o tropel de quatrocentos e quarenta e quatro cavalos em minha direção

Como esquecer seu abraço fazendo de minha aflição segurança e mansidão
Como abandonar a lembrança do balançar de seu vestido de cetim
Como se fossem as asas de uma borboleta de uma mulher de um sonho
De volta cercado por imenso jardim e coberto pelo pólen da vida

Posso ver agora uma nuvem de diferentes cores se afastando de mim
E sei apenas que uma delas era você

Abençoadas sejam as lagartas e suas íntimas reformas
Carlos Correa

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