Moro em um local tácito e soturno,
na solidão esquadrinho minha vida.
A minha alma de júbilo está ávida,
este é meu desejo diuturno.Fatalmente tornei-me taciturno,
para curtir ninguém mais me convida,
A ternura deixou de ser servida,
fui expulso do séquito noturno.
Percebo o desamor nas entrelinhas,
não disponho sequer de um passatempo.
As pessoas deveras são mesquinhas,
querem evitar todo contratempo.
Fico a observar tristonho, todas minhas,
chagas cicatrizadas pelo tempo.
Comentários
Maravilhoso soneto, Ilario!!!!
Parabéns.
Um abraço