Monstro invisível

Nas ruas á um monstro que respira entre calçadas e avenidas, a cidade dizimada e cheia de delírios petrificados vive de profecias e sobreviventes.

Vislumbres desculpas e desperdícios se confundem entre a vida e a sombra, misturando agonias e ausências com vazios irresponsáveis, com promessas importadas e homens que habitam sem viver.

Casais caminham inconsequentes com essa proverbial urgência de ser algo mais, de inventar contra senhas e alegorias que dem ânimo de lua e mel .

Na cidade á um monstro que líquida definitivamente miudezas cotidianas, que quebra sonhos e solidões, que leva consigo notícias e auriculares, melancolias prazer e lágrimas, que vende o inimigo e depois destrói suas memórias com rostros fugazes e triviais, levando presságios de obscura inocência perdida.

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Diego Tomasco

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Comentários

  • Belo!!! Muito Belo!!!

    Parabéns.

     

  • Belo texto, importantes reflexões da vida moderna 

    Parabéns Prezado Diego.

    Uma bela obra 

    Antonio Domingos 

    • Obrigado pelas palavras querido 

  • Maravilhoso poema. Felicitações 

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