Mundo Doente

 

 Mundo Doente

Triste mundo doente que morre a frio 

Não se produz cobertor nem capote grosso de lã

Perdeu-se o elan do abraço 

Que morre de tanto calor. 

Rios estão ressecados 

Assoreados 

 

Pobre do Salesiano 

Que não bebe água nem de poço artesiano

Pobre do Aureliano cuja esposa está doente 

Os filhos não tem escola nem para visitar

Ainda tens um título de eleitor 

O mundo serve-se de ti demente

O canavial sorve tudo que é sombrio

Quer respirar no silêncio da escuridão 

Da noite em plena devassidão 

A moto serra sobressalta os sapos 

As joaninhas perderam a habitação 

Triste do aifaiate

Falta linha, agulha e pano 

Doação de sangue o quê!

A humanidade anda de lado 

Jamais 

Ainda que andasse para trás 

Aqui ninguém ouve jazz 

 

Fim 

ADomingos

30/09/22

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim

ADomingos

Set/22

 

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP