Na madrugada uma voz

Na madrugada uma voz

No canto da sala o vaso com flores,
No quarto ao lado, o cansaço dos dias.
O choro é baixinho, sofrido co'as dores.
Com dor da saudade se foi, a alegria.

E tudo se vai lentamente…com calma.
Ficando somente a cruel solidão:
que ao adentrar no peito, importunando a alma
Judia sem dó o pobre coração.

Enquanto no céu o escuro permanece;
Escondendo as estrelas com seu brilhar!
Aos poucos a mente cochila, adormece:
Deixando que o sono venha se aninhar.

Mas na madrugada uma voz que calada;
ressoa num grito e desabafa a dor;
Desperta o poeta co' a alma inspirada:
Trazendo de volta a lembrança do amor…

E, surge um verso com rima afinal.
Está devolvendo ao viver, fantasia.
Tudo que angustia tem o seu final…
Então resplandece o nascer da poesia:
Com o amanhecer da manhã outonal!

Márcia A Mancebo

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